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Veja quais as principais melhorias que devem ser feitas em Curitiba para a Copa |
Veja quais as principais melhorias que devem ser feitas em Curitiba para a Copa| Foto:
  • Juraci Barbosa Sobrinho (à direita), presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, em imagem do lançamento do Tecnoparque, em 2007

A confirmação pela Fifa de Curitiba como subsede da Copa do Mundo de 2014, ontem, nas Bahamas, não passou de mera formalidade. A indicação era dada como certa desde o fim do ano passado, tanto que o comitê local tratou de encorpar o pleito paranaense.

A intenção é audaciosa. A cidade quer ter um papel de relevância dentro do Mundial. Por isso entrou na disputa com Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília para abrigar o centro de mídia – base dos profissionais de imprensa que trabalharão na cobertura do torneio.

"Serão milhares de jornalistas ‘morando’ em Curitiba durante a Copa, gastando na cidade. E falando para diversas partes do mundo que estão sediados em Curitiba", explica Luiz de Carvalho, secretário municipal de Relações Políticas e Institucionais, pasta encarregada de cuidar dos assuntos ligados ao Mundial. "É uma publicidade incalculável", emenda.

A prefeitura vê no projeto do Tecnoparque a estratégia ideal para convencer a Fifa a se decidir por montar o centro de mídia na região próxima à confluência da Linha Verde com a Marechal Floriano. O programa consiste em quatro polos urbanísticos, localizados na região sul-leste da cidade, onde há a maior concentração de ativos tecnológicos.

"O ambiente é apropriado, próximo ao centro, ao estádio e ao aeroporto, com tecnologia de ponta", afirma Juraci Barbosa Sobrinho, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento S/A, empresa de economia mista que executa as ações e projetos de desenvolvimento econômico, empresarial e tecnológico no município. "É, sem dúvida, o nosso grande trunfo", acrescenta ele.

As pretensões curitibanas não param por aí. Há em andamento um lobby para que a capital paranaense seja escolhida como a casa da Itália, atual campeã do mundo, durante a Copa. A cidade quer ainda organizar ao menos três partidas na Arena da Baixada, sendo uma delas de mata-mata. De preferência um duelo das quartas de final, fase em que apenas as oito melhores seleções permanecem na briga pelo título.

É o prefeito Beto Richa quem está cuidando das reivindicações locais. Os assuntos são tratados diretamente com Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e principal organizador da Copa no Brasil. "Acabamos formando uma grande amizade", diz Richa. O político se encontrou há duas semanas com Teixeira no Rio de Janeiro, de quem se aproximou no ano passado. Reiterou os pedidos.

A ligação também agrada ao cartola, que a usa como forma de atacar o senador Alvaro Dias, desafeto declarado – tanto Alvaro quanto Beto disputam a indicação do PSDB para concorrer ao Palácio Iguaçu no ano que vem. Quem vencer será ser o governador do estado justamente no período da Copa.

"Ele (Teixeira) já sabe o que queremos", revela Richa, informando que técnicos da prefeitura estarão na África do Sul durante a Copa das Confederações (entre 14 e 28 deste mês) para aprender um pouco mais sobre a organização do torneio. Sediar a competição em 2013 é outra prioridade da capital paranaense.

Obras

A prefeitura calcula que os investimentos devem girar em torno de R$ 4,5 bilhões. Boa parte do montante seria financiado pelo governo federal, via Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), criado especialmente para a Copa. No que diz respeito à conclusão da Arena da Baixada ( R$ 138.355.170), o comitê local precisa apresentar os investidores e o plano de execução da obra até novembro. O Atlético ainda procura parceiros para tocar a construção. Uma alternativa seria utilizar a linha de crédito que deve ser criada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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