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Fora da zona de rebaixamento: A vitória do Paraná contra o Marília tirou o time da zona de rebaixamento, após cinco rodadas estagnado na 18ª colocação. Com o gol do atacante Leonardo, o Tricolor pulou à 16ª posição (com 23 pontos) – porém, ainda está na linha tênue do grupo de rebaixamento. Ontem à tarde, o time paranista treinou na Vila Capanema. Hoje pela manhã, deve repetir a dose. A viagem para Bragança Paulista, onde encara o Bragantino (8º colocado, 33 pontos), será esta tarde. O duelo está marcado para amanhã, às 20h30 | Pedro Serápio/Gazeta do Povo
Fora da zona de rebaixamento: A vitória do Paraná contra o Marília tirou o time da zona de rebaixamento, após cinco rodadas estagnado na 18ª colocação. Com o gol do atacante Leonardo, o Tricolor pulou à 16ª posição (com 23 pontos) – porém, ainda está na linha tênue do grupo de rebaixamento. Ontem à tarde, o time paranista treinou na Vila Capanema. Hoje pela manhã, deve repetir a dose. A viagem para Bragança Paulista, onde encara o Bragantino (8º colocado, 33 pontos), será esta tarde. O duelo está marcado para amanhã, às 20h30| Foto: Pedro Serápio/Gazeta do Povo

Personagem

Entrei nas picuinhas do clube, diz Vavá

Afastado da direção do futebol, o dirigente Vavá Ribeiro sabe explicar o motivo que levou o Paraná a formar um time tão fraco em 2008: falta de planejamento, pouco dinheiro e o seu desgaste.

"No ano passado, diante daquela crise toda envolvendo a saída do Miranda, acabei entrando nas picuinhas do clube. Não tive tempo para observar jogadores. Porém, é preciso chegar aos atletas que se destacam antes dos outros. E não fizemos isso como deveria. Aí, caímos na mesmice", lamenta.

A questão monetária também agravou essa situação. "Sem grana não tem como... Falavam mal do Grupo de Investimento (formado pelos próprios dirigentes), mas no ano passado contratamos dez jogadores. Neste ano, apenas um (Clênio). O clube está cheio de problemas trabalhistas. Na verdade, acho que o grande erro do Paraná é não falar a verdade para a torcida. Muita coisa errada foi feita no passado."

Sobre o desentendimento com Miranda, Vavá garante que não o derrubou – como afirma o ex-presidente. "Ele caiu pelos próprios erros. Quanto custa o Thiago Neves hoje? Então, saiu de graça. Isso desanima qualquer um." O meia foi vendido na sexta-feira para o Hamburgo. O clube alemão pagou 9,2 milhões de euros, algo em torno dos R$ 21,95 milhões, por 80% dos direitos econômicos. (RF)

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Há praticamente um ano, em setembro de 2007, a atual cúpula tricolor começava a trabalhar nos bastidores para derrubar o então presidente José Carlos de Miranda, acusado de levar dinheiro "por fora" na venda de alguns atletas.

Era apenas o fio condutor de uma crise que agora coloca o time da Vila Capanema na 16ª colocação na tabela, seriamente ameaçado de rebaixamento à Terceira Divisão.

"Tudo começou pelo desejo incontido do Vavá (Durval Lara Ribeiro, vice-presidente) de se tornar o dono do futebol", ataca Miranda, ainda ressentido com o ex-colega de diretoria. A LA Sports, ex-parceira na formação da equipe, também sofre com os ataques. "Tem explicação insistirem tanto com Joélson e Zumbi?", indaga, insinuando pressão para escalar jogadores da empresa.

O cartola faz apenas uma auto-crítica. "A minha tentativa de mudar o estatuto dividiu o clube." Na ocasião, ele tentou sem sucesso um terceiro mandato à frente do Tricolor, quando o permitido seria apenas uma reeleição. "Não tomei a medida que deveria ser tomada: afastar aqueles que eram contrários à minha permanência."

Mas a mágoa move o ex-dirigente paranista. "Após um acordo de cavalheiros, entreguei o clube. Seria uma espécie de rainha da Inglaterra até o fim do mandato. E eles, do Grupo de Investimento, assumiriam o futebol. Disse: ‘Se é para o bem de todos e felicidade geral dos paranistas, eu saio’. Mas a vaidade e o ódio falaram mais alto. Era para ser uma transição pacífica, porém não foi respeitado o acordo", lembra.

"Uma coisa é ser dono de time de pelada, pagar cerveja e ir com jogador para a zona. Isso não se faz em um clube profissional", segue Miranda, afirmando, sem dar nomes, que muitas "baladas" são bancadas por dirigentes paranistas.

Mas o ex-presidente, que foi suspenso das atividades do clube através de uma sanção administrativa, também recebe críticas dos desafetos.

É o caso de Luiz Alberto, da LA Sports. A negociação nebulosa de Thiago Neves, que pertencia em parte ao agente de jogadores, provocou o fim do "namoro" com o clube – hoje resumida à "amizade" com a gestão Aurival Correia, além da utilização dos atletas Leonardo e Fábio Luís.

"A corrupção foi estancada. No entanto, há um trabalho externo feito pelas viúvas do Miranda, que tentam boicotar a administração atual", alfineta. "Houve erros de contratação neste ano? Sem dúvida. Porém, isso faz parte do futebol. Pelo menos a coisa ocorreu de forma honesta", segue, em clara defesa de Vavá – o vice de futebol deixou o clube para "se preservar das críticas".

Luiz Alberto diz ainda que a crise institucional afeta diretamente os atletas. "Alguns jogadores da minha empresa tiveram de fazer boletim de ocorrência porque estavam sofrendo ameaças. Não existe tranqüilidade e isso reflete em campo", garante.

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