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A lama tomou conta do gramado do Ismael Gabardo, formando um cenário em que apenas a bola amarela destoava | Fotos: Albari Rosa/ Gazeta do Povo
A lama tomou conta do gramado do Ismael Gabardo, formando um cenário em que apenas a bola amarela destoava| Foto: Fotos: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Chuva provoca o adiamento de seis partidas

Apesar da forte chuva dos últimos dias, a Federação Paranaense de Futebol (FPF) decidiu não adiar a rodada das Séries A e B do Cam­peonato Amador da capital. O li­­mite para a entidade suspender as rodadas por conta própria, como já fizera há duas semanas, era sá­­bado de manhã, quando não estava chovendo. Assim, a responsabilidade ficou com os árbitros e al­­guns confrontos foram cancelados, já que os campos não têm condições de jogo.

Na Série A, Nova Orleans x Vi­­la Hauer e Capão Raso x Trieste não ocorreram. Já na Série B foram quatro partidas (sem contar as respectivas preliminares com os juniores): Santíssima Trindade x Vasco da Gama, Os­­ternack x Bangu, Novo Mundo x Imperial e Boqueirão x Arbesc. Os cancelamentos valeram tanto para o sênior como para o jú­­nior. Hoje, a FPF deve marcar no­­va data para essas partidas da Suburbana. (RM)

  • O zagueiro Rogério Prateat, do Vila Fanny, desafiou o árbitro Rodolfo Toski Marques a expulsá-lo
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Durante pelo menos 20 minutos do jogo, o diretor do Vila Fanny, Acir Natalino Cordeiro, correu revoltado atrás do bandeira Guilherme Ro­­gembau proferindo todo o tipo de xingamentos possíveis. O auxiliar corria para a linha de fundo e o dirigente ia atrás, separados apenas por um alambrado e pela distância de um metro. Até copo de água colhida de uma poça o representante da arbitragem tomou na cabeça.

Para quem viu essa cena, nem pa­recia que o Vila Fanny venceu o Combate Barreirinha no sábado por 2 a 1, pela Série A da Suburbana – Nika e Germano fizeram os gols alvirrubros; Sapo descontou. A re­­volta dos donos da casa era pela re­­alização tanto da partida preliminar, entre os juniores, como da prin­cipal, apesar do péssimo estado do gramado devido às fortes chu­vas. Resultado: um lamaçal completo e muita reclamação.

"Eu falei que pagava a taxa de ar­­­bitragem se ele não autorizasse o jogo. Mas não teve jeito. Olha o es­­tado do gramado agora. Um ano e meio de trabalho para transformá-lo no melhor campo da Suburbana e agora virou o pior. Quanto vai custar para recuperar tudo isto?", indagou Cordeiro, visivelmente emocionado.

O diretor do Vila Fanny conversou com representantes do time adversário e todos concordaram em adiar o confronto. Versão confirmada pelo presidente do Con­selho Deliberativo do Combate, Norberto Boasczyk.

"Eles (trio de arbitragem) só pensam em fazer o jogo e não no campo. A Federação não pode deixar na mão deles. Uma atitude insensata que prejudica o gramado e o espetáculo", afirmou.

Já o auxiliar Guilherme Ro­­gembau, responsável pela liberação do jogo por ter apitado a preliminar, justificou a decisão. "A recomendação é de que a partida seja cancelada apenas se a bola não rolar ou não pingar. O jogo está ocorrendo normalmente". Questionado sobre a destruição do gramado, Ro­­gembau foi categórico. "Eu não te­­nho culpa nenhuma. Todo o campo está sujeito a isto".

Mas esse não foi o único problema enfrentado pelo trio de arbitragem. Aos 24 do primeiro tempo, o zagueiro Rogério Prateat, ex-Coritiba, hoje no Vila Fanny, foi expulso e, junto com o resto da equipe, literalmente correu atrás do árbitro Rodolfo Toski Marques. "Ele me disse: ‘Se você for homem, me expulse’", contou o juiz, também coberto de lama, no intervalo de jogo.

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