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Operários colocam uma das partes do teto retrátil da Arena da Baixada: instalação do sistema está dando dor de cabeça ao FFe | Felipe Rosa/ Tribuna
Operários colocam uma das partes do teto retrátil da Arena da Baixada: instalação do sistema está dando dor de cabeça ao FFe| Foto: Felipe Rosa/ Tribuna

Instalação

Lanik acusa o Furacão de não cumprir as normas de segurança

Responsável por supervisionar a instalação do teto retrátil da Arena, a Lanik I. S.A. acusa o Atlético de não respeitar as normas de segurança. Ontem pela manhã foi içada a primeira das 12 vigas que sustentarão a ‘tampa’ do Caldeirão.

Por causa disso, o diretor-executivo da empresa espanhola, César França, encaminhou ao clube um pedido de bloqueio da obra. "O trabalho foi feito sem os devidos procedimentos de segurança, com possíveis pancadas de chuvas e trovoadas", diz França.

O executivo reclama ainda da falta de documentos por parte do Furacão. "A viga foi içada sem que os planos de rigging [esquema técnico para movimentação de carga com guindaste] tenham sido conferidos, aprovados e liberados pelos engenheiros da Lanik", afirma França.

Pela segunda vez, o teto retrátil vira motivo de frustração no Atlético. Antes, o clube teve de retirar o recurso do projeto da Copa do Mundo, para não atrasar ainda mais a reformulação da Baixada. Ontem, anunciou o cancelamento do Shooto Brasil por causa do atraso na instalação da ‘tampa’ do Caldeirão.

O evento de MMA seria a primeira atração da parceria entre o Rubro-Negro e a G3 United, nova gestora do Joaquim Américo. Os combates serão transferidos para Brasília ou Rio de Janeiro e devem ocorrer na mesma data, dia 5 de dezembro.

"Foi uma prevenção. O Atlético pediu para adiar uma semana, mas preferimos não correr o risco. Temos uma multa prevista no contrato com a televisão e temos de realizar essa edição", explica Edinho Bittencourt, membro do staff do Shooto Brasil.

O Atlético informou em nota oficial que pagará uma multa aos organizadores dos combates. "CAP e G3UNITED repassarão o valor necessário para que o evento possa ser realizado dentro das configurações e parâmetros já utilizados pela franquia", diz o comunicado.

Ainda na nota atleticana, o clube culpou as "condições climáticas" de Curitiba e a empresa responsável por supervisionar a montagem pelo atraso: "principalmente em função do tempo gasto para o início dos trabalhos da empresa Lanik do Brasil S.A.".

Diretor-executivo da Lanik, César França defende a companhia espanhola: "Nós já havíamos alertado desde o início que era impossível cumprir o prazo para o evento, além dos riscos envolvidos no processo. Infelizmente, o clube não nos deu ouvidos".

Não há data para a conclusão da cobertura. O último cronograma da Lanik apontava para o dia 23 de dezembro, quando seria colocada a 12.ª viga que fará o suporte da estrutura – ontem foi içada a primeira. Entretanto, a previsão é de que demore mais.

"Não há como prever exatamente. É um serviço extremamente delicado, que envolve uma série de responsabilidades. Estamos lidando com a segurança e a vida de milhares de pessoas", comenta França.

Apesar dos problemas para a colocação do teto retrátil no prazo, os ingressos para o Shooto começaram a ser vendidos. Com o cancelamento, a Supernova TKTS, responsável pela venda, entrará em contato com quem comprou antecipadamente para fazer o ressarcimento.

O Atlético foi procurado pela reportagem para tratar do assunto, mas não respondeu.

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