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O ex-jogador da seleção francesa, Lilian Thuram, afirmou neste domingo ter se sentido "machucado" pela denúncia de que a Federação Francesa de Futebol teria orientado clubes e escolinhas a limitarem a entrada de negros e árabes em suas equipes de base. O objetivo seria tornar a próxima geração do futebol francês mais "branca" e "europeia".

A denúncia surgiu na sexta-feira através de uma reportagem feita pelo site Mediapart. O veículo revelou que o conselho técnico da Federação decidiu, em novembro do ano passado, passar instrução aos clubes e escolinhas oficiais para estabelecerem cota de apenas 30% para jogadores "não brancos" entre 12 e 13 anos.

A reportagem repercutiu no país e causou a suspensão do diretor técnico da Federação Francesa de Futebol (FFF), Francois Blaquart, no sábado. Jogador com maior número de jogos pela seleção da França e campeão mundial em 1998, Thuram repudiou a instrução do conselho técnico da Federação, em entrevista à televisão local.

O ex-atleta, aposentado em 2008, rejeitou o argumento de que muitos jogadores de origem estrangeira aproveitariam as vantagens das escolinhas francesas em suas formações, mas depois decidiriam defender seus países de origem. A ideia foi defendida pelo atual técnico da França, Laurent Blanc. "Isso é um falso problema, porque os melhores jogadores acabarão jogando pela seleção da França", afirmou o ex-jogador, criador da Lilian Thuram Foudantion, cujo lema é "Educação contra o Racismo".

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