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Onze dias depois de Giovani Gionédis ter sido reeleito para a presidência do Coritiba, o processo eleitoral sofreu uma reviravolta completa. A mesa do Conselho de Administração divulgou ontem a decisão de anular os votos dos nove atuais membros da Diretoria Executiva e desfazer o placar de 67 a 66 favorável ao atual presidente. A posse do adversário político José Antônio "Tico" da Fontoura já está até marcada: dia 5 de janeiro.

Dos cinco conselheiros responsáveis pela análise do recurso impetrado pela chapa de oposição – todos recém-eleitos pela chapa de oposição –, três votaram pelo provimento (o presidente Júlio Góes Militão da Silva, o vice João Gualberto de Sá Scheffer e o primeiro secretário Jair Cirino dos Santos). O segundo vice, Dirceu Lamóglia, favorável à anulação total do pleito, teve seu voto parcialmente vencido. Já o segundo secretário, Pierre Alexandre Boulos, não participou do debate por razões pessoais.

Segundo Militão, a discussão do assunto no clube está encerrada e a única alternativa que restou a Gionédis é procurar vias judiciais. "Este direito cabe a todos que não se conformem com uma decisão nossa. Se algum recurso for aceito pela justiça, obviamente será acatado aqui", afirmou o presidente do Conselho.

O atual presidente do Coritiba – que estava em São Paulo tratando de assuntos relativos à Série B de 2006 e ao fornecedor de material esportivo – preferiu conversar com seus correligionários antes de dar qualquer declaração sobre a derrota política. De acordo com o vice André Ribeiro, a posição da chapa será conhecida apenas na segunda-feira.

A mesa do Conselho de Administração alegou no despacho emitido ontem que os nove polêmicos votos foram anulados porque não há comprovação de pedido de licença de seus autores antes da reunião eleitoral – exigência do estatuto do clube para poderem participar do processo. Segundo o texto, o provimento do recurso se deu "sob a convicção de que pelo menos cinco dos nove membros da atual Diretoria Executiva, integrantes da chapa União Coxa-Branca (de Gionédis), sufragaram seus votos em favor da referida chapa."

Sobre o documento apresentado na defesa de Gionédis, que comprovaria o licenciamento dos nove diretores executivos exatamente no dia da eleição – sob o qual o advogado da chapa de oposição lançou a suspeita de ser falsificado –, a conclusão foi de que "se juntado ou referido na oportunidade própria, teria motivado manifestação diversa neste acórdão."

No voto vencido, Dirceu Lamóglia considerou indiscutível o recurso interposto pela chapa Campeão de Novo. Porém, alegando a existência de "vícios, nulidades e irregularidades no processo eleitoral", defendeu o acolhimento do pedido "b" (realização de novas eleições) em vez do "a" (vitória de Fontoura).

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