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Jogadores participam da apresentação oficial da Superliga Masculina, em São Paulo: presença de campeões do mundo vai deixar o torneio mais fortalecido | Alexandre Arruda/ CBV
Jogadores participam da apresentação oficial da Superliga Masculina, em São Paulo: presença de campeões do mundo vai deixar o torneio mais fortalecido| Foto: Alexandre Arruda/ CBV

Repercussão

Atletas festejam volta do estado

A última vez que o Paraná teve representante na Superliga Masculina foi na temporada 2007/08, com o Uniamérica/Foz do Iguaçu. Após um desempenho discreto, não sobreviveu. A chegada do Londrina/Sercomtel, mesmo que às pressas, é motivo de comemoração entre os jogadores paranaenses.

"O Paraná estava vivendo um retrocesso. Joguei em Londrina de 1994 a 1997 e sei que a cidade, assim como Maringá, com a Cocamar [equipe que atuou entre 1992 e 2000, com atletas como Paulão, Giba e Ricardinho], são cidades que revelam bons talentos, mas que não tinham onde jogar no estado", diz o levantador da seleção brasileira, Marlon, que defenderá o Vivo/Minas (MG). Natural de Guaíra, ele cobra um plano a longo prazo. "Não se faz um campeão da noite para o dia."

O técnico do time de São Bernardo e auxiliar de Bernardinho na seleção, o curitibano Rubinho, também festejou. "A cidade vai acompanhar de perto. Pena que Curitiba ainda não voltou a ter um time na Superliga."

Já o levantador Ricardinho, reforço do Vôlei Futuro, de Araçatuba, resumiu o sentimento em uma frase. "Estava mais do que na hora [de o estado] de ter um time competitivo", comentou.

São Paulo - O Paraná volta este ano ao cenário nacional do voleibol com a entrada do Londrina/Sercomtel na disputa da Superliga Masculina. A iniciante equipe do interior do es­­tado, porém, vai disputar a edição mais equilibrada da história da competição. Um desafio árduo.

Dos 15 times em ação, apenas dois são estreantes (o outro é o Me­­dley, de Campinas), mas nenhum pode ser considerado tecnicamente fraco. "Temos dez times que podem ser considerados favoritos. Cinco, medianos", explica o técnico Chiquita, do Londrina.

Mais "enxuta" – tem dois ti­­mes a menos do que na temporada passada, vencida pelo Cimed (SC) –, a Superliga está mais competitiva; todas as equipes têm atletas de seleção brasileira. Do elenco campeão mundial na Itália, 11 jo­­gadores estarão em quadra nesta 17.ª Superliga – torneio com am­­bição nada modesta. Foi anunciado pelo presidente da Con­­fe­­de­­ração Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, como "a competição que pretende ser a maior do mundo".

Giba, Ricardinho, Marlon, Gus­­tavo, Murilo, Serginho, Lucão, Lean­­dro Vissotto, Mário Sérgio, Marcelinho, André Nascimento, Henrique, Rodrigão, Bruninho, Sidão. Exemplos de atletas com passagens pela seleção que estão em busca do título deste ano.

Em meio a tanta competitividade, o Londrina traça metas modestas para seus primeiros passos en­­tre os maiores times do país. "Nosso principal objetivo é chegar entre os oito que vão para as quartas de fi­­nal", destacou Chiquita. Não podia ser diferente. A equipe começou a ser formada em setembro. Quando o técnico Chiquita, vice-campeão da Superliga passada, pelo Montes Claros, foi convidado para compor o grupo, boa par­­te dos atletas já havia sido contratada. Eles treinam juntos há três semanas.

O líbero Alan, campeão do mundo no início deste mês, juntou-se ao grupo na última segunda-feira, quando o time foi oficialmente apresentado aos londrinenses. "O nosso maior inimigo vai ser o tempo. Vamos ganhar entrosamento já dentro de quadra, en­­quanto outras equipes já estão competindo nos estaduais", disse.

Chiquita e Alan destacam que o projeto para o Londrina tem de ser pensado em médio e longo prazo. "Toda equipe vive de resultados, mas temos de começar do começo", afirmou o líbero, que depois de dois anos de lesão, volta a jogar no Brasil [estava no voleibol russo] e quer recomeçar a carreira.

"Sa­­be­­mos que o londrinense gosta muito de apoiar suas equipes. Es­­pe­­ramos o Mo­­ringão cheio", destacou Chiquita, que contará com dois estrangeiros: Marc (Trini­­dad e Tobago) e Robert Tarr (EUA).

Nesta temporada, os times jogam em turno e returno, classificando oito equipes para as quartas de final.

A jornalista viajou a convite da CBV.

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