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O Mundial Sub-20 é uma grande oportunidade profissional para os jogadores brasileiros. Vencê-lo seria dar um salto na carreira, ganhar visibilidade, multiplicar seu próprio valor de mercado. Mas o que significa isso em números? Quanto custam, juntos, os 21 jogadores que representam o Brasil? Em um levantamento feito no site "Transfermarkt", especializado em avaliação de jogadores de futebol, a garotada brasileira reunida no Egito vale aproximadamente R$ 60 milhões. Para o técnico Rogério Lourenço, o número pode até triplicar com o quinto título mundial.

O valor de R$ 60 milhões é uma quantia expressiva para uma equipe com atletas de no máximo 20 anos, mas que ainda pode crescer de forma exponencial. Só como comparação, Kaká, sozinho, vale cerca de R$ 156 milhões, segundo a mesma fonte.

O "Transfermarkt" não toma por base a multa rescisória dos jogadores, normalmente bastante elevada para proteger os clubes. A proposta é apontar o "valor de mercado" de cada jogador, embora muitos da sub-20 provavelmente só sejam negociados por quantias maiores. O site serve, portanto, apenas como ferramenta para mostrar qual é a posição dos atletas no mercado do futebol.

"Os jogadores têm que saber que a valorização é consequência da produção. Não adianta ficar pensando nisso e não jogar bem. Hoje eles podem valer 5 milhões, mas daqui a seis meses podem custar 500 mil. Da mesma forma, podem triplicar seu valor se forem bem no Mundial, que é uma competição de grande visibilidade", analisou o técnico Rogério Lourenço.

Rogério citou o caso de Sandro, volante do Internacional, que disputou o Sul-Americano Sub-20, em fevereiro, e hoje já frequenta a lista de convocados da seleção de Dunga. Em seis meses, Sandro teve uma rápida ascensão e hoje já está avaliado pelo site especializado em R$ 13 milhões, mais do que qualquer outro atleta do atual time sub-20. Recentemente, o Inter recusou uma proposta de € 6 milhões (R$ 15 milhões) do Tottenham pelo volante.

Para o "Transfermarkt", o jogador brasileiro mais valioso dentre os que disputam o Mundial é o meia Giuliano, também do Internacional, que custaria cerca de R$ 10 milhões. Para tirá-lo do Paraná, o Colorado pagou R$ 2,5 milhões. Hoje, difcilmente venderia o jogador por menos de R$ 15 milhões para o futebol europeu.

- Essa valorização é fruto do nosso trabalho, do nosso esforço. Quantos brasileiros gostariam de ser jogador de futebol e não conseguiram? Nós somos privilegiados, mas ao mesmo tempo tivemos que abrir mão de muita coisa, de festas, namoradas, amigos. Então acho justo que a gente seja reconhecido – afirmou Giuliano, responsável pelo sustento de oito familiares.

A lista dos mais caros tem ainda os também meias Alex Teixeira, do Vasco, e Douglas Costa, do Grêmio (ambos na faixa dos R$ 5 milhões), seguidos pelo meia Paulo Henrique Ganso, do Santos, e pelo zagueiro Rafael Tolói, do Goiás (cada um valendo R$ 4 milhões).

"Hoje em dia não acho tão difícil um jogador de defesa ter esta valorização. Mas para isso é preciso se esforçar muito e aproveitar bem as oportunidades, como acho que venho fazendo no Goiás e aqui na seleção", explicou Tolói.

Já classificado para as oitavas de final do Mundial Sub-20, o Brasil fecha sua participação na primeira fase do torneio neste sábado, contra a Austrália, em Port Said.

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