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Técnico Tite passa orientações aos jogadores do Corinthians em treino no Japão | Toshifumi Kitamura/ Reuters
Técnico Tite passa orientações aos jogadores do Corinthians em treino no Japão| Foto: Toshifumi Kitamura/ Reuters

Chelsea

Chelsea se esforça para valorizar torneio

Folhapress

O Chelsea chegou ao Japão disposto a convencer torcedores, rivais e a si mesmo da importância da conquista do Mundial de Clubes no Japão. No hotel Royal Park, na Landmark Tower, o prédio mais alto do país, em Yokohama, o goleiro Petr Cech concedeu uma entrevista na qual fez ressaltou a importância do torneio. Apontou Chelsea e Corinthians como favoritos.

"Estou muito feliz de estar aqui, significa muito para qualquer jogador poder atuar em um grande torneio. Para ser convidado para cá precisa ganhar a Liga dos Campeões, o que não é fácil", afirmou. "Nós e o Corinthians somos vistos como favoritos. Não tenho problema com isso. Podemos assumir essa posição e vamos tentar fazer o nosso melhor em campo."

Ao site do Chelsea, o atacante Fernando Torres também se esforçou para mostrar animação. "Quantas pessoas não levam esse torneio a sério ou não acham que é uma verdadeira Copa do Mundo? E é, para os clubes! Você pergunta para os sul-americanos e entende isso", afirmou. O jogador disse que o brasileiro David Luiz, seu companheiro de equipe, havia lhe mostrado um vídeo dos torcedores do Corinthians se despedindo do time no aeroporto de Guarulhos – segundo a polícia, havia 12 mil pessoas. "Estava lotado de pessoas saudando o time e outros viajando para o Japão para dar apoio. Na Europa, talvez a gente não dê tanta atenção, e as pessoas podem achar que não significa muita coisa, mas significa", completou.

Com o Mundial, o Chelsea tem a chance de amenizar a crise na equipe, eliminada precocemente, na última semana, da Liga dos Campeões. O técnico Rafael Benítez não conta com o apoio dos torcedores ingleses, assim como ainda não conquistou seu elenco. Após as vitórias nos dois últimos jogos, com nove gols marcados, Cech acredita na reabilitação.

  • Fernando Torres (esq.) e David Luiz destacam a importância do Mundial de Clubes

Tite é o primeiro a pisar no campo do estádio de Kariya, o centro de treinamento do Corinthians no Japão. É seu momento de concentração e de tomar decisões importantes. O técnico diz que o time está escalado e pronto para a estreia no Mundial de Clubes da Fifa, nesta quarta-feira (12), às 8h30 (de Brasília), contra o Al Ahly, do Egito.

Dono de um estilo próprio, ele esfriou a euforia pós-título, controlou egos com rédea curta e enquadrou jogadores em busca de seu time ideal. Time, na verdade, que ele sempre teve em mente. Desde o Campeonato Brasileiro de 2011, passando pela Libertadores. Isso, no entanto, não fez com que Tite deixasse de estimular a competitividade entre os atletas. E com os adversários.

Ontem o treinador chegou a afirmar que não se intimidaria em quebrar a perna ou jogar sujo contra um adversário desleal. "Se quiser quebrar a perna, e já fiz, eu quebro, faço o mesmo jogo do adversário. Se quiser jogar sujo, eu jogo sujo. Tenho todas estas opções, em minha personalidade tenho todas estas facetas, eu escolho a que quiser colocar para fora e eu escolhi esta, mas também estou atento às outras", afirmou o técnico em entrevista ao canal SporTV.

Tite disse ainda não acreditar na sorte como fator decisivo para o resultado de um jogo de futebol. "Sou competitivo, tenho minhas regras, valorizo o trabalho. Falar em sorte é muito simplista. Não acredito em sorte, acredito em merecimento, competência, conduta."

Dentro da competição por vagas na equipe, teve titular que virou reserva, como Jorge Henrique. Romarinho viveu altos e baixos e saiu do time. Martínez precisou pedir desculpas na frente do grupo após ter dito que se não fosse titular sairia do clube em 2013. "O campo fala", respondeu Tite.

No Japão, o técnico mantém sua rotina de treinos pesados como faz no CT do Corinthians. No último domingo, em uma dividida com Emerson, Jorge Henrique quase se machucou feio às vésperas da estreia. Só neste ano, três jogadores quebraram o nariz em divididas nos treinamentos: Wallace, Edenilson e Welder. "A preparação foi muito boa, o Tite fez com que os jogadores se conscientizassem da preparação para o Mundial e a equipe assimilou bem. Chegamos ao Japão fortes", afirmou Emerson, titular absoluto, mas que precisa – e muito – de rédea curta.

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