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Os denunciados no processo do mensalão do apito vivem hoje um dia decisivo na sede do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). O julgamento começa às 13h30 e tem previsão de terminar apenas na madrugada de amanhã. Cada acusado será ouvido e também poderá levar nove testemunhas. A defesa dos indiciados tentará desqualificar as denúncias, dizendo que não há provas. O relator do processo, Edmundo Varella, admite que por enquanto há apenas indícios de envolvimento dos citados.

"Até agora não há provas documentais contra os indiciados. Inclusive quem está acusando (o árbitro Evandro Rogério Roman, leia texto ao lado) vai ter de comparecer e ratificar o que já disse", afirmou Eduardo Varela.

O advogado de defesa da maioria cinco denunciados disse que essa é a principal arma para inocentar seus clientes. Segundo Domingos Moro, inexistem infrações e por isso não há provas. "São comentários e acusações a respeito de fatos evasivos que chagaram ao conhecimento dessas pessoas sem comprovação alguma. Não se pode condenar alguém sem provas", argumentou.

Os árbitros Amorety Carlos da Cruz (aposentado), Carlos Jack Magno, Marcos Tadeu Mafra, Sandro da Rocha, Antônio Salazar Moreno e José Francisco de Oliveira, estão enquadrados no artigo 241 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – "dar ou receber vantagem para influir no resultado da partida" – e podem ser eliminados do futebol.

Os ex-dirigentes Genésio Camargo, do Foz do Iguaçu, e Gilson Pacheco, do Marechal, que confessaram ter comprado juízes e também podem ser proibidos de atuar no esporte. Assim como o presidente afastado da Comissão de Arbitragem, Valdir de Souza, e seu vive, Antônio Carvalho.

Correndo o mesmo risco estão Johelson Pissaia, diretor-administrativo da Federação Paranaense de Futebol (FPF). e Fernando Luiz Homann, ex-presidente da Comissão de Arbitragem. O único que pode pegar uma pena mais "leve" (de dois a quatro anos de suspensão) é o presidente afastado do Conselho Deliberativo do Operário, Sílvio Gubert.

"Eu acho que não vamos terminar na segunda-feira. Não sei se vai dar para ouvir todas as testemunhas. Deve ficar para terça ou até quarta. Não tenho conhecimento formado sobre o processo e só terei mais detalhes depois de ouvir todos os lados", disse Varela. Incluindo ele, são nove auditores que votam em cada um dos 13 casos.

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