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O técnico Gilberto Pereira e os 14 reforços já contratados pelo Coritiba para a temporada (Caíco e Edmílson ainda não foram oficializados) alardearam durante a semana que sabiam da situação do clube e de que possíveis protestos das arquibancadas não iriam atrapalhar. Só que quando a paciência da torcida se esgotou, durante a derrota por 2 a 1 para o Rio Branco, ontem, o time se perdeu definitivamente em campo e viu a derrota se tornar inevitável.

Nem mesmo as desculpas de "time em formação" e "início de temporada" serviram para amansar os ânimos de quem amargou só vexames nos dois últimos anos. A tolerância zero da torcida surpreendeu o treinador.

"Vou tentar equilibrar os jogadores para que não exista um desespero muito rápido nesse momento. As dificuldades foram maiores do que esperávamos", admitiu Pereira.

O técnico também percebeu que será preciso uma mudança na personalidade dos seus atletas para lidar com a pressão. Segundo ele, quem ficar tímido com a situação vai se dar mal. "É preciso muita personalidade para jogar no Coritiba. Quem ficar inibido em campo vai ter muita dificuldade", avisou.

Com seis estreantes durante os 90 minutos, Pereira queria mesmo é que os pratas da casa, já ambientados no clube, resolvessem. Com a revelação Keirrison fora até do banco (está recuperando a forma), a bomba sobrou para Anderson Gomes, que fez seu gol, mas não conseguiu evitar o pior.

"O grupo todo sabe que a torcida está magoada. Por isso temos de trabalhar muito para mudar isso. Só que tem muito jogador novo e vai demorar um pouco para entrosar", avisou o atacante.

Entre os jogadores que estrearam ontem – China, Ozéia, Marcos Mendes, Túlio, Lei e Rafael Santiago –, pouco ainda dá para se falar. Entretanto, para o insatisfeito torcedor coxa-branca, bastou o mau resultado para a descida da equipe ao vestiário ser acompanhada pelos gritos de "raça" e "timinho".

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