Em clima de fim de festa, os cerca de 43 mil torcedores que acompanharam a disputa pelo terceiro lugar da Copa das Confederações sofreram com o calor de quase meio-dia em Salvador e levaram o clima de protestos no país para dentro do estádio da Fonte Nova. A reivindicação, porém, foi por mais bebida alcoólica.
Apesar dos lugares marcados no ingressos, as pessoas iam se movimentando nas arquibancadas à medida em que o sol subia na arena. Todos os "clarões" no público coincidiam com as cadeiras que estavam batendo sol.
Os demais assentos, enquanto isso, ficavam aglomerados, com gente colada uma a outra, embora o estádio não estivesse lotado.Também chamou a atenção a disputa particular entre as torcidas de Bahia e Vitória, durante toda a partida, provocando frisson, aplausos e vaias que não eram entendidos pelos jornalistas estrangeiros e pelos atletas.
Já na prorrogação, pouco antes do triunfo da Itália sobre o Uruguai nas cobranças de pênaltis, os gritos foram por "cerveja, cerveja!".
A plateia se revoltou com a suspensão da venda de cerveja nas cantinas da Fonte Nova, que aconteceu em todos os jogos do torneio, nos minutos finais do segundo tempo. "Como é que acontece isso numa partida que vai para a prorrogação. E ainda houve pênaltis depois", criticou o estudante Julio Andrade, 23.
O coro por "cerveja" só foi menor que as vaias ao secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, na cerimônia de premiação aos italianos.
A torcida de Salvador já havia ficado famosa, pouco antes da Copa das Confederações, por arremessar as chamadas caxirolas no gramado em um clássico Ba-Vi. Por causa do episódio, o instrumento musical inventado pelo baiano Carlinhos Brown acabou proibido pela Fifa.
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