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Nove anos depois, Paulo Rink voltou a vestir a camisa rubro-negra em Curitiba – agora na Arena, cuja construção foi bancada em parte pelo dinheiro de sua venda para o Bayer Leverkusen-ALE em 1997. Era de se esperar uma recepção calorosa da torcida ao antigo ídolo. Mas o que se viu durante o clássico com o Paraná, quarta-feira, surpreendeu o próprio jogador.

"Não esperava tamanha reação. Estava ansioso, aguardando um reencontro legal, mas da maneira como foi, ver a torcida gritando meu nome, dizendo que o bicho ia pegar quando eu entrasse e vibrando na hora em que fui chamado, foi tudo muito legal. Aumentou ainda mais a minha motivação", contou o jogador, que disse ter usado a experiência para controlar a ansiedade. "Foi algo diferente, mas já estou com 33 anos, né?"

Antes da partida, a espera virou alvo das gozações dos companheiros na concentração. Mas ele não deixou por menos. "Ficaram tirando sarro, dizendo que a torcida ia gritar só o meu nome. Respondi que tenho anos de história no clube e, quando chegarem nisso, podem ficar tranqüilos que vão chamar o deles também", brincou.

Para o atacante, quase tudo deu certo na reestréia diante dos torcedores. "Foi melhor ainda porque coincidiu de o jogo pegar fogo depois que eu entrei (aos 22 minutos do segundo tempo). O Paraná já estava no desespero e tínhamos espaços para contra-atacar. Conseguimos fazer o gol e dar a vitória de presente aos atleticanos", disse Rink, autor do passe para Denis Marques balançar a rede.

O atacante só lamentou ter batido por cima da trave na única chance de finalização que apareceu. "Tecnicamente, dá para dizer que tive alguns bons lances com a bola no chão nos poucos minutos que joguei. Pena foi a falha naquele chute. Claro que preciso de um pouco mais de ritmo, mas dá para ir superando isso com disposição."

Mesmo precisando jogar mais – também havia atuado pouco tempo no fim da derrota para Internacional, em Porto Alegre –, e com os titulares Marcos Aurélio e Denis Marques vivendo altos e baixos, Rink prefere não cobrar uma vaga de titular. "O único que pode falar sobre isso é o (técnico) Vadão", repetiu o jogador, mantendo o discurso de grupo que adotou desde que voltou ao clube.

Apesar da boa atuação diante do Paraná, ele deve começar outra vez no banco de reservas a partida de amanhã contra o Santa Cruz, na Arena. Apenas esperando Vadão atender novamente o apelo da arquibancada e colocá-lo em campo.

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