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Torcedores de Felipe Massa tentam ser mais do que “apenas um” entre os mais de 60 mil que foram ontem a Interlagos. Dia começou alegre, mas  fechou em tristeza | Leonardo Mendes Júnior/Enviado especial
Torcedores de Felipe Massa tentam ser mais do que “apenas um” entre os mais de 60 mil que foram ontem a Interlagos. Dia começou alegre, mas fechou em tristeza| Foto: Leonardo Mendes Júnior/Enviado especial

O desejo de ver um piloto da casa campeão mundial pela primeira vez após 17 anos, bom humor, churrasquinho e muita cerveja. Esses foram os combustíveis da festa brasileira dominada pelo vermelho Ferrari, ontem, no Autódromo de Interlagos. A cor da escuderia italiana – pontuada por algum verde-e-amarelo – se espalhou por todos os setores da arquibancada do circuito paulistano, que começaram a ser ocupados logo no início da manhã.

Centenas de torcedores viraram a madrugada acampados na fila. Tudo para garantir um bom lugar, especialmente nos setores A (subida da reta dos boxes) e G (reta oposta). Entre eles, um grupo de São Carlos, interior de São Paulo, vestindo fantasias de padre, anjo e diabo. "Estamos aqui desde as 9 da manhã de sábado, fazendo churrasco e tomando cerveja. Entramos cedo para garantir o lugar, que é numerado, mas ninguém respeita", comentou o assistente de marketing Maurício Souza, vestido de padre.

A mesma tática de chegar cedo para assegurar uma boa posição foi usada pelos amigos Bruno Cherem, representante comercial, e Marcos Joel de Lima, analista de sistemas. "Chegamos às 5 horas e a fila já estava enorme", contou Lima, vestindo uma camisa de treino do Atlético. "Duro é o pessoal folgado, que chega ao meio-dia e quer lugar bom", acrescentou Cherem, que usava o uniforme do Coritiba.

À frente de uma excursão de 40 curitibanos, o empresário Jozener Gonçalves lamentava a longa caminhada que o seu grupo teve de fazer pelo Jardim Satélite, vizinho ao autódromo, para ter acesso à arquibancada. "Eles não deixam o ônibus chegar perto", explicou ele, que se divertia-se tomando cerveja com os amigos Lizeu Becker, empresário; Eduardo Ximenes, empresário; Jefferson James, professor; e Luciano Rauth, representante comercial. "O Massa ganha a corrida, mas não o campeonato", apostava James. "Que nada. O motor do Hamilton vai estourar", discordava Rauth, em um resumo da impressão geral dos torcedores.

O público participou ativamente de todos os momentos da prova, antes mesmo da largada. Durante o desfile dos pilotos, a platéia inteira levantou para gritar "É campeão" e "Olé, olá, Massa, Massa!". Uma energia que arrepiou o brasileiro da Ferrari. Que chegou ao êxtase com a vitória e o título mundial que por alguns segundos foi de Massa. E que ganhou uma ponta de frustração quando Hamilton passou Glock na última curva.

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