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Reginaldo Nascimento levantou a taça de campeão paranaense pelo Coritiba em 2003 e 2004, mas pelo Rio Branco o objetivo é o título do interior | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
Reginaldo Nascimento levantou a taça de campeão paranaense pelo Coritiba em 2003 e 2004, mas pelo Rio Branco o objetivo é o título do interior| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

A Federação Paranaense de Fu­­tebol (FPF) quebrou o Esta­­dual em dois para tentar acabar com a mo­­notonia que acompanha a competição – e movimentar o deficitário futebol do interior. Há três anos tudo é igual por aqui. En­­quanto Atlé­­tico e Coritiba se en­­galfinham pelo título, o restante dos times volta para casa de mãos abanando, sem nem sequer ameaçar a supremacia dos gigantes do estado.

Rotina que será levemente mo­­dificada nesta temporada. Para motivar as oito equipes de fora de Curitiba, a FPF copiou de São Paulo a fórmula que premia o campeão do interior – já que, lá no topo da tabela, a dupla Atle­­tiba segue ostentando o rótulo de favoritíssima.

Funciona basicamente assim: os clubes com melhor campanha no somatório dos dois turnos, exceção a Atlético, Corinthians-PR, Coritiba e Pa­­ra­­ná, se enfrentam em dois jo­­gos para saber quem é o me­­lhor fora da capital. As partidas se­­rão nos dias 8 e 15 de maio, as mesmas datas da finalíssima.

Parece simples, mas há um as­­terisco. Se algum representante das cidades menores chegar à decisão de fato, o "duelo caipira" será jogado pelos dois times imediatamente seguintes na classificação.

O prêmio ao vencedor será de R$ 50 mil. O vice-campeão ficará com R$ 10 mil. "A esse valor ainda será acrescentada a arrecadação com a bilheteria. Sem dúvida é uma forma de motivá-los", diz Amilton Stival, vice-presidente da FPF e idealizador da disputa extra.

Representantes da turma dos pequenos acrescentam ainda a vaga na Série D nacional, a ser disputada no segundo se­­mestre, e a possibilidade de jogar a Copa do Brasil em 2012, confirmando um calendário anual, como outros itens que ajudam a incrementar o campeonato paralelo – time da capital, o Co­­rinthians-PR briga por essas vagas apenas por meio da classificação final do campeonato.

"Pre­­ci­­samos ter humildade para reconhecer que os times de Curitiba são maiores e melhores. Sendo assim, é a chance de conseguirmos um título propriamente dito. É o que está ao nosso al­­can­­ce", afirma Adir Kist, diretor de futebol do Cianorte. "Estamos treinando firme pa­­ra sermos o melhor do interior", emenda o zagueiro Valdir, também do Leão do Vale do Ivaí.

No Rio Branco – que completa 100 anos em 2013 – o assunto é tratado internamente como a forma de presentear a fanática torcida de Paranaguá. "Enfim nos valorizaram", co­­menta Alan All, diretor do clube. Raciocínio compartilhado em Ponta Grossa. "É só olhar a história para ver que poucas vezes o interior fi­­cou com o título", diz Dorli Mi­­chels, gestor do Ope­­rário, motivado também com o fato de receber Atlético, Coritiba e Paraná no Germano Krüger e incrementar a arrecadação mensal.

Em 95 anos de Campeonato Pa­­ranaense, apenas Londrina (3), Grêmio Maringá (3), Monte Ale­­gre, de Telêmaco Borba (1), Co­­mercial, de Cornélio Pro­­cópio (1), Paranavaí (1), Cas­­ca­­vel (1) e Iraty (1, sem a participação dos grandes) conseguiram quebrar a hegemonia curitibana, o que reforça a utilidade da nova Liga B.

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