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Versátil, Rodrigo Tosi, de 31 anos, já foi volante, meia e agora é reforço para o ataque do Paraná | Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Versátil, Rodrigo Tosi, de 31 anos, já foi volante, meia e agora é reforço para o ataque do Paraná| Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Estádios com entrada restrita a homens. Escorpiões, vermes e grilos na alimentação da pré-temporada. Medo de queda de avião na Sicília, na Itália. Príncipe e família real assistindo aos treinos.

O repertório de histórias do atacante Rodrigo Tosi, 31 anos, é de dar inveja a qualquer mochileiro. Um dos oito reforços do Paraná, o atleta rodou por clubes de Grécia, Suíça, Irã e Brunei, na Ásia. Até mesmo de nome e posição ele já mudou na carreira. Revelado pelo Malutrom, atual J. Malucelli, era conhecido como o volante Neto.

"Saí do juvenil do Paraná com 16 anos e fui treinar com o Luciano [Gusso, atual técnico do Tricolor] no Malutrom. Eu era meia, mas como ele gostava de atuar com três volantes, me recuou de posição. Mas quando precisava, jogava de meia e até mesmo de ponta", explica o versátil atacante, que passou a ser chamado de Rodrigo Tosi quando foi atuar no exterior, aos 20 anos.

"Quando saí do país, passei a ser o Rodrigo Tosi. Procuro me adaptar a jogar de acordo com a opção do treinador. Mas como nos últimos anos venho jogando de atacante e marcando muitos gols, foi com essa função que vim para o Paraná", conta Tosi.

Foi no Irã que ele conheceu estádios em que a entrada de mulheres é estritamente proibida. Depois, atuando na Suíça, afirma nunca ter visto uma briga em estádios. Já quando foi disputar uma partida da Copa da Uefa pelo grego Iraklis, na Itália, temeu uma queda de avião na Sicília.

"Tenho medo de avião. E em Palermo o aeroporto fica ao lado do mar. O piloto foi aterrissar e não conseguiu, teve de tentar de novo. Mas aí encanou um vento e todos acharam que o avião ia cair", narra Tosi.

Em seu último clube, o DPMM, de Brunei, o viajado artilheiro conviveu com a presença da família real do país — uma das mais ricas do mundo — no dia a dia do time.

"O príncipe era presidente e dono da equipe e ia a todos os dias ao treino", lembra. "Apesar disso, não tínhamos contato nenhum com ele, nem dar a mão. Ele ficava sozinho, na sua realeza. O sultão mesmo, pai do príncipe, não participava. Aparecia em público apenas uma vez por ano para cumprimentar os cidadãos", afirma Tosi, que participou da pré-temporada da equipe nas ilhas de Phuket, na Tailândia. "O pessoal lá come escorpião, vermes, grilos, mas eu ficava longe. Procurava sempre restaurantes ocidentais ou fazer comida caseira, com minha esposa", conta. Para se garantir, levava arroz e feijão do Brasil.

Na Vila, Tosi promete dedicação. "O time não ganha títulos há anos, mas pela forma que estamos treinando e pela qualidade do elenco, a torcida pode esperar bons resultados", diz.

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