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A Traffic inaugurou nesta terça-feira um centro de treinamento na cidade de Porto Feliz, no interior de São Paulo. O centro tem 155 mil metros quadrados de tamanho, cinco campos de tamanho internacional e estrutura para hospedar até 144 garotos, e foi construído a um custo estimado entre R$ 16 milhões e R$ 18 milhões. O objetivo é revelar atletas para o Desportivo Brasil, clube da empresa, que a partir deste ano passará a disputar competições profissionais. Mas J. Hawilla, dono da Traffic, prefere enfatizar o lado social da iniciativa.

"Não queremos formar apenas atletas, mas cidadãos. Por isso que aqui teremos aulas de inglês, de etiqueta. Não se trata de fazer demagogia, aquela coisa de dizer que 'estamos tirando as crianças do caminho das drogas', mas queremos sim formar homens completos. Se virarem atletas ou jogadores profissionais, melhor ainda", afirmou o empresário, que disse estar realizando um sonho com o empreendimento. "Já fiz muita coisa para ganhar dinheiro, continuo ganhando, mas é este projeto que mais me satisfaz hoje em dia.

Hawilla, que foi repórter esportivo antes de fundar a Traffic, no início da década de 1980, disse que a construção do centro, batizado de Academia Traffic de Futebol, é "uma forma de retribuir" o que ganhou com o futebol - sua empresa vende placas publicitárias nos estádios, direitos de imagem de competições e nos últimos anos passou a negociar direitos federativos de jogadores, em parceria com vários clubes.

O presidente executivo da Traffic, Júlio Mariz, voltou-se mais para o lado econômico do negócio em seu discurso. Ele estima que o CT custará cerca de R$ 4 milhões por ano, e para se pagar precisará que os jogadores ali formados sejam negociados com outros clubes. Por isso, explicou que o Desportivo Brasil, clube da empresa que até agora disputava apenas competições nas categorias de base, a partir deste ano vai participar da Segunda Divisão do Paulista, que começa no segundo semestre - e na prática é a quarta divisão do Estado.

"É por onde todo mundo começa. Vamos disputar também o Paulista Sub-20, e também o Sub-15 e o Sub-17, e começar a apresentar nossos atletas", afirmou o executivo, assegurando que as negociações com outros clubes parceiros, como Palmeiras e Fluminense, vão continuar.

O evento teve a participação do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), de prefeitos e deputados da região e de personalidades do mundo do esporte, como o presidente da CBF, Ricardo Teixeira e o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior.

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