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Um estudo da ONG francesa Culture Foot Solidaire divulgado pelo site do Parlamento Europeu mostra nesta semana um fato alarmante: jovens jogadores brasileiros e africanos estão sendo vítimas do tráfico de seres humanos no Velho Continente.

Atraídos por promessas de contratos com grandes clubes europeus, atletas que ainda sequer se profissionalizaram são levados por falsos agentes de futebol. Os que não conseguem algum sucesso nas quatro linhas, acabam nas mãos dos traficantes e viram praticamente escravos em diversos países – principalmente na França - sendo explorados em sub-empregos.

- Futebol não é apenas dinheiro e contratos publicitários, existem coisas mais importantes como esses garotos que são explorados – adverte Jean-Claude Mbvoumin, ex-jogador da seleção de Camarões e representante da ONG Culture Foot Solidaire.

Para impedir essa triste situação, o Parlamento Europeu quer que a União Européia crie um sistema de legalização e fiscalização mais rigoroso de agentes de futebol, que fraudam documentos de identidade dos jogadores para que eles possam ingressar nos clubes (a Fifa proíbe a venda de jogares com menos de 18 anos). A Uefa também já está atenta a esse problema.

- É uma situação alarmante. Trazer crianças da África e da América do Sul para a Europa é um problema sério, e nós temos que resolver criando novas leis – afirma Lars-Christer Olsson, chefe-executivo da Uefa.

Segundo a FIFPro (Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol) 50% dos atletas profissionais que atuam no Velho Continente não têm contrato com o agremiação na qual atuam.

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