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Modelo XD Skin, tendência no triatlo | Divulgação
Modelo XD Skin, tendência no triatlo| Foto: Divulgação

Comparação

Confira as diferenças entre o LZR (natação) e o XD Skin (triatlo):

Composição - O LZR é feito com 50% poliuretano e 50% neoprene; o XD Skin tem 76% poliamida e 24% Dow XLA (fio de alta durabilidade).

Costuras - O traje da natação não tem costura. Já para o triatlo, há na parte externa.

Vantagem - O LZR retém água, fato que ajuda na flutuabilidade. O modelo para triatletas não absorve a água.

Rendimento - Os supermaiôs renderam quebras de recordes, o traje do triatlo não tem grande contribuição nos resultados.

Preço - Um LZR custa, em média, R$ 1 mil e um SD Skin, R$ 400.

"Com que roupa eu vou?". A pergunta que Noel Rosa transformou em canção há 80 anos para, como dizia, "se aprumar" é cada vez mais pertinente longe das rodas de samba. Muito mais por necessidade do que por vaidade, atletas de alta performance experimentam, a cada temporada, novos modelos que prometem melhores resultados.

Depois do boom dos supermaiôs na natação, que rendeu – desculpem o trocadilho – muito pano para a manga nos últimos 18 meses, é a vez do triatlo desfilar novas tecnologias nos trajes de competição. O XD Skin, desenvolvido pela Speedo brasileira é o lançamento que será usado pelo paranaense Juraci Moreira este ano. A es­­treia será no dia 17, quando o triatleta tenta o bicampeonato do Fast Triatlhon, competição em equipe com a seleção brasileira que será realizada em Santos (SP).

A marca de material esportivo aproveita o estrondo que causou em meados de 2008 com o lançamento do LZR – espécie de precursor dos supermaiôs, usado pela equipe norte-americana de natação (inclusive Michael Phelps) nos Jogos de Pequim – para investir na di­­vulgação das pesquisas de roupas para outras modalidades.

Se na última Olimpíada o modelo ajudou os nadadores a quebrarem 23 recordes e abriu caminho para os lançamentos dos concorrentes (Jaked, Arena, TYR), o XD Skin tem uma proposta mais modesta. "São desafios bem particulares. Na natação, briga-se por centésimos. No triatlo, busca-se muito mais o conforto muscular e a diminuição do peso da água do que o deslize ideal no nado", diz o diretor de marketing da Speedo, Renato Hacker.

"A grande vantagem (do XD Skin) é que não acumula água. Ela escorre, a roupa continua seca e confortável para o ciclismo e a corrida. E, ao contrário dos maiôs da natação, não aperta, deixa a pele respirar, o que é importantíssimo no triatlo", conta Juraci, que ajudou no desenvolvimento da peça. Seu modelo é feito com as medidas de seu corpo para uso exclusivo nas competições.

Em comum com o LZR, o XD Skin tem o que o fabricante batizou de "compressão inteligente". Bem ajustados ao corpo, tensionam levemente a musculatura. "Isso economiza a oxigenação muscular e colabora para maior resistência física nas provas", explica Hacker.

A durabilidade é o trunfo para atrair o consumidor final. "O fio é similar ao usado nos sacos de transporte de cloro. Por isso, é indicado para treinos em piscina", fala o diretor-geral da Santaconstancia, fabricante do tecido, Luca Pascolato.

Enquanto a evolução tecnológica dos trajes causou longas discussões na natação, ainda não há um posicionamento da União Internacional de Triatlo (ITU, na sigla em inglês) sobre as novas vestimentas na modalidade.

"Há algumas regras que não mudam, como a do fecho nas costas e de que seja uma peça única. Em 2009, as demais normas seguiram o que a Fina (Federação Internacional de Natação) determinou. A ITU ainda não definiu se adota a lista de trajes permitidos nas piscinas (divulgada pela Fina em 4/1) para 2010", afirma o diretor técnico da Confe­­deração Brasileira de Triatlhon (CBTri), Marco La Porta Junior, ao explicar que, até o momento, não há restrições para o uso do XD Skin.

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