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Neymar salta no ar, repetindo o gesto do Rei Pelé, para celebrar o primeiro gol santista na final da Libertadores da América, ontem, no Pacaembu: “Fiz história” | Nacho Doce/ Reuters
Neymar salta no ar, repetindo o gesto do Rei Pelé, para celebrar o primeiro gol santista na final da Libertadores da América, ontem, no Pacaembu: “Fiz história”| Foto: Nacho Doce/ Reuters

Diego Maradona tem razão: Neymar é mesmo mal-educado. O jovem atacante santista mostrou indiferença e não tomou conhecimento da defesa do Peñarol na final da Libertadores. Jogando solto, como "gente grande", o prodígio da Vila abriu o caminho para o tricampeonato do Peixe, sacramentado com a vitória por 2 a 1 so­­bre o Peñarol, ontem, no Pacaembu.

O título, o 15.º de um time brasileiro contra 22 dos argentinos, coroa definitivamente a "geração Neymar", que já havia conquistado dois Paulistas e uma Copa do Brasil.

A meninada agora se consolida como a melhor safra pós-Pelé, deixando de vez para trás o time de Diego e Robinho, vice-campeões continentais em 2003.

Em poucas palavras, antecedendo a entrega da taça, Neymar resumiu a conquista. "Foi maravilhoso. É o dia mais feliz da minha vida. Fiz história", disse. E realmen­­te fez história, algo que seu companheiro mais notório, Paulo Hen­­rique Ganso, também valorizou. "É o título que marca a história dessa geração, de um grupo vencedor. É a geração de lutadores que sempre acreditou no Santos", complementou o meia, que retornou ontem após ficar mais de 40 dias se recuperando de lesão muscular.

O capitão Edu Dracena não é um menino da Vila, mas ajudou a comandar os jovens dentro de campo. "É o título mais importante para o clube e vamos ficar na história. Como na Era Pelé, o pessoal é lembrado e esse grupo vai ser lembrado por muitos anos", comemorou o zagueiro.

Se para Neymar e Ganso o título veio na primeira final do torneio, o mesmo não se pode dizer de Elano e Léo, que estiveram na campanha de 2003 e agora comemoram com oito anos de atraso. A espera, entretanto, valeu a pena. "Minha carreira é cheia de desafios e as dificuldades sempre existiram. Para quem trabalha de forma leal e justa, dificilmente as coisas dão errado", destacou Elano.

O lateral Léo preferiu não lembrar do vice, exaltando o elenco campeão. "É uma equipe fantástica. Sabemos que no primeiro tempo pecamos pela ansiedade, mas depois que saiu o primeiro gol, é indiscutível a qualidade técnica do time", comentou. E já avisou que o título será muito bem comemorado. "Final de semana inteiro é festa. É festa."

O próximo passo do time é buscar o título do Mundial de Clubes. Disputa que já está envolta de expectativa pelo provável encontro com o Barcelona, o duelo de Neymar com Messi.

Futuro

Após a ressaca do título, o técnico Muricy Ramalho terá trabalho para montar a equipe para a se­­­quên­cia do Nacional. De forma temporária, vai perder Neymar, Ganso e Elano (convocados para a seleção brasileira que disputa a Copa América), além de Danilo, Alex Sandro, Alan Patrick e Felipe Anderson (chamados para o Mundial Sub-20). Sem contar Zé Eduardo, que está de saída para o italiano Genoa.

O treinador já apresentou uma lista de reforços para a direção alvinegra, mas os nomes são mantidos em sigilo. A cúpula santista promete fazer todo o esforço possível para trazer atletas de nível de seleção, principalmente se Neymar e Ganso forem negociados. Para garantir as contratações, o clube pretende reforçar a parceria com investidores. Algo que já está em curso. O primeiro resultado foi a chegada do atacante Borges, ex-Grêmio. Nos próximos dias, o Peixe pretende oficializar a volta do meia Zé Roberto.

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