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O atacante Dagoberto corre o risco de ser suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ontem, o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, solicitou uma cópia da transmissão da partida entre Corinthians e Atlético, disputada no sábado, para analisar uma suposta agressão do jogador no lateral-esquerdo Rubens Junior. O lance ocorreu no final do primeiro tempo e Dagoberto teria acertado um chute no atleta corintiano, que estava caído no gramado. A jogada não foi vista pelo árbitro carioca Luis Antônio Silva Santos. Para o atleticano, não houve nada no lance. "Foi um choque normal, até pedi para ele levantar rápido e seguir no jogo".

A partida foi vista por Alessandro Kishino, um dos 13 procuradores do STJD escalados para acompanhar a rodada do Campeonato Brasileiro, que pediu uma análise mais detalhada do lance. "Vamos aguardar a chegada da fita para ver se houve infração disciplinar e oferecer a denúncia", disse Schmitt.

A análise e a decisão do procurador saem até quinta-feira. Segundo ele, a solicitação de cópias de transmissões de partidas é um ato comum no STJD, mas se for denunciado, Dagoberto será julgado por agressão física ou ato de hostilidade. Caso seja condenado por agressão física, o jogador atleticano poderá cumprir pena de 120 a 720 dias de suspensão. Se a condenação for por ato hostil, a pena é bem menor e pode chegar a quatro jogos.

Em março do ano passado, o meia Felipe, então no Fluminense, foi punido com 180 dias de suspensão pelo STJD após agredir o volante Marcos Mendes, da Campinense-PB, em partida válida pela Copa do Brasil. O lance só foi visto através da fita da transmissão do jogo.

A semana promete ser ainda mais conturbada para Dagoberto. Na quinta-feira, acontece a primeira audiência sobre a disputa judicial entre o Atlético e o jogador. No dia 5 de julho, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Curitiba emitiu um despacho determinando que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) registrasse a prorrogação de contrato do atacante com o clube por mais 250 dias. A decisão impediu que o contrato de Dagoberto entrasse no último ano, possibilitando que qualquer clube brasileiro levasse o jogador pagando uma multa rescisória de R$ 5,4 milhões. Provisoriamente, a multa para transferências nacionais permanece em R$ 16,2 milhões.

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