Tricolor de olho na Segundona

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Os reforços do Paraná serão escolhidos hoje, às 18 horas, após o término da primeira fase da Série B. Com a definição dos oito times que ainda manterão vivo o sonho de chegar à elite do futebol brasileiro e dos seis que serão rebaixados à Terceira Divisão, a diretoria tricolor pode anunciar, sem prejudicar o desempenho das equipes na competição, o nome de seus novos contratados.

A Gazeta do Povo apurou que o clube mantém negociações avançadas com o atacante Esley, 24 anos, do Anapolina (GO), e com o meia-atacante Fantik, 28, atualmente disputando a Série C com o Joinville. "Eu conversei com o Vavá (Durval Lara Ribeiro, diretor de futebol) hoje (ontem) e realmente existe tanto o meu interesse de jogar no Paraná, quanto o deles de contar com o meu futebol. Eu só dependo da liberação do Joinville", afirmou Fantik.

Sonho antigo da diretoria, o meia quase foi contratado no início do Brasileiro na negociação que culminou com a chegada do volante Rafael Mussamba ao Tricolor. No ano passado, foi anunciado como reforço, mas a negociação não foi finalizada. "Faz tempo que eu estou para jogar no Paraná. Vamos ver se dessa vez dá certo", comentou.

Outro jogador que pode desembarcar na Vila Capanema é o meia-esquerda Juliano, 24 anos, do Paulista, de Jundiaí. Porém para ficar com o jogador o Paraná terá de vencer a concorrência do rival Atlético, que já fez uma proposta para adquirir 50% dos direitos federativos do atleta.

"Do Paraná eu ainda não soube de nada. O que eu sei é que o Atlético quer o Juliano e nós ficamos de conversar após a Série B", confirmou o presidente do Paulista, Eduardo Palhares. O Galo, campeão da Copa do Brasil e classificado para a Libertadores, ocupa atualmente o 18.º lugar e corre sério risco de ser rebaixado.

Outros nomes correm por fora. Wando, atacante do Vila Nova, era a prioridade dos dirigentes. No entanto, a transferência do atacante emperrou, já que o Vila – sétimo colocado, enfrenta o Ceará, em Fortaleza – depende só de si para prosseguir no campeonato.

O caso de Cléber, meia da Portuguesa e que defendeu o Coritiba no ano passado, é parecido. Como a Lusa passou para a segunda fase, o negócio esfriou. Fábio, centroavante do Volta Redonda, é visto com ressalvas por parte da diretoria. O jogador só seria contratado caso os outros negócios fracassassem.

A cúpula paranista entra em contradição quando questionada sobre a contratação de reforços. Enquanto o vice-presidente José Domingos, alegando falta de recursos, prefere dizer que o elenco está fechado, o presidente José Carlos de Miranda confirma o interesse. "Vou contratar. Até segunda ou terça-feira nós teremos novidades. Se não temos dinheiro, tem de ser na base do amor", brincou o dirigente.