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Tricolores

Justiça

O atacante Clênio, que pertence ao Tricolor, entrou na Justiça pedindo liberação do clube por causa de salários atrasados. De acordo os advogados do Tricolor, o jogador recusou ser emprestado para Paysandu e Uberlândia na última temporada. A audiência está marcada para sexta-feira.

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O meia Cristian Jorge Martins Fernandes, 18 anos, que disputou a Copa São Paulo pelo Tricolor, também quer sair do clube. Na alegação, além de vencimentos não pagos, há um aumento de salário que não teria sido cumprido. A liminar para liberação foi negada e o caso será decidido no tribunal.

Por causa de salários atrasados e de constantes problemas financeiros, o Paraná se vê obrigado a repetir um velho hábito: vender jovens talentos. Desta vez, ao invés de Giuliano e de Éverton (as mais recentes joias que deixaram a Vila Capane­­ma), pelo menos outros três promissores atletas devem ter parte dos direitos econômicos negociados para tapar antigos buracos do caixa. A Gazeta do Povo apurou que o meia Elvis, 19 anos, e o volante Vinícius, 18, estão entre os escolhidos.

Sem dinheiro, a medida é vista pelos paranistas como saída para que a casa comece a ser arrumada. A receita que virá com a transação, feita com investidores liderados pelo empresário Renato Trombini, seria utilizada no pagamento de jogadores e de funcionários.

"Estamos esperando esse valor cair na nossa conta para deixarmos as coisas em dia", confirma o presidente do Tricolor, Aquilino Romani. "Temos problemas. Infeliz­­mente pegamos o clube quebrado", emenda o vice de fu­­tebol, Aramis Tissot, que atribui o problema às gestões an­­teriores.

Em média, o atraso nos vencimentos é de um mês. Fun­­cionários do clube, que preferiram não se identificar, contam que ainda não receberam parte do 13.º salário do ano passado, nem os valores referentes ao último mês de dezembro. Eles garantem que, se não forem pagos até a próxima sexta-feira, não irão trabalhar no fim de se­­mana do clássico com o Atlé­­tico.

Já os atletas que disputaram a última temporada da Série B têm ao menos três meses de direitos de imagem (maior parte do salário) atrasados, além de também não terem recebido os vencimentos de dezembro. No fim do ano passado, o elenco fez greve e parou de treinar até que os salários de novembro fossem acertados.

De acordo com os atletas, a promessa da diretoria paranista é de que a situação seja contornada até amanhã. Caso contrário, uma nova conversa deve acontecer e a posição dos jogadores pode ser revista.

"Era para ter acertado isso já na última sexta-feira, mas não foi possível. Eles (jogadores e funcionários) até têm razão em ficar chateados. Porém, estamos conversando e acredito que vamos acertar tudo antes", afirma Romani. "Pedimos paciência para todos. O dinheiro não aparece de um dia para o outro. Mas aos poucos vamos colocar as coisas no eixo", garante Tissot.

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