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O Brasil chega ao final da temporada 2010 de atletismo com a realização, de amanhã até domingo, do Troféu Brasil. Após as competições do ano, apenas uma atleta nacional desponta entre as dez melhores do mundo.

A campineira Fabiana Murer detém a segunda melhor marca do ano no salto com vara, com os 4,85 m alcançados na cidade espanhola de San Fernando, du­­rante o Campeonato Íbero-Americano, no dia 4 de junho. Depois dela, a outra atleta do Brasil mais próxima dos dez índices mais expressivos de 2010 é a cearense Ana Cláudia Lemos da Silva.

Seu tempo de 11s15 nos 100 m, feito no início do mês em torneio da FPA (Federação Paulista de Atletismo), foi celebrado no Brasil como a queda do recorde nacional que durava 11 anos – a marca anterior, de 11s17, pertencia à mineira Lucimar Moura desde 25 de junho de 1999. Mas no cenário internacional Ana Cláudia é superada por 22 velocistas. Está distante da melhor marca de 2010, da jamaicana Veronica Campbell-Brown (10s78).

No masculino, não houve brasileiros que figurassem entre os top 10 da temporada. O paulista Kleberson Davide fez apenas o 18.º tempo nos 800 m (1min44s71), no meeting internacional realizado em maio no Rio de Janeiro, melhor marca do Brasil neste ano. O levantamento foi feito pelo professor Fernando Franco, do Centro de Estudos de Atletismo, sediado em Brasília.

Para Martinho Nobre dos Santos, superintendente técnico da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), dois fatores contribuíram para o fraco desempenho brasileiro. "Estamos em um momento de entressafra, com alguns garotos que vão despontar em 2011 e 2012. Além disso, este é considerado um ano morto, porque não há grandes competições como Mundial ou Olimpíada. Com certeza a próxima temporada será muito melhor para os brasileiros", prometeu.

Elson Miranda, técnico de Fabiana Murer, atribui o isolamento de sua atleta entre as dez do mundo à incursão europeia iniciada em julho. A saltadora foi campeã da Liga Diamante e é dona de quatro das dez melhores marcas do salto com vara em 2010. "Na Europa, percebi que o Brasil está muito longe dos melhores resultados em nível internacional", analisou Miranda. "Fabiana foi a única atleta que competiu no exterior e a colocação dela no ran­king é o resultado desse in­­vestimento", explicou.

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