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A derrota de virada por 2 a 1 ontem, diante do Santo André, no ABC Paulista, esfriou um pouco a empolgação do Coritiba, que vinha de duas vitórias na Série B. Mas apesar do tropeço, a equipe segue o planejamento do técnico Paulo Bonamigo de se manter entre as duas primeiras na tabela até a paralisação para a Copa do Mundo. Graças à ajuda de dois concorrentes – o Ituano perdeu por 2 a 1 para o São Raimundo, em casa e o Atlético-MG empatou em 1 a 1 com o Vila Nova, no Mineirão.

Mesmo se mantendo na vice-liderança com 14 pontos, agora o Coritiba está três atrás do líder Sport Recife – até a partida de ontem, o Coxa perdia o topo da classificação apenas por um gol no saldo.

O excesso de individualidade de Caio e Eanes contribuiu de certa forma para o tropeço. Mesmo dominando a partida, o Coritiba não transformou a pressão na defesa do Ramalhão em gols. Faltou o último passe, na maioria das vezes brecado pelos vôos solo da dupla.

O centroavante Alberto só tocou na bola quando resolveu buscar o jogo fora da área. E, embora tido como um atacante trombador, o atacante foi mais lúcido do que os companheiros de armação nas poucas jogadas em que tomou a iniciativa.

Para tentar explicar a derrota é preciso voltar ao espírito da equipe. Mesmo mantendo o discurso das últimas partidas, implantado por Bonamigo – de força e vontade –, dessa vez o time não reeditou as boas apresentações. Tanto na parte técnica como na garra. O principal sintoma estava na marcação, bastante falha.

O problema começou lá na frente e terminou na defesa. Assim o Santo André construiu a vitória de virada. Concluindo a gol apenas quatro vezes no primeiro tempo e mais duas na segunda etapa. O único trabalho da equipe paulista foi aproveitar as falhas da defesa alviverde.

No primeiro gol do Santo André, o de empate, aos 41 do primeiro tempo, a bola cruzou toda a extensão da área coxa duas vezes, até Cadu cabecear para o meio e Vânder desviar entre dois marcadores. Na virada (27’ do segundo tempo), uma falta rebatida na barreira, a bola retorna de qualquer jeito para a meia-lua, não é rebatida e fica fácil para o zagueiro Galiardo chutar rasteiro.

Já o Coxa, que concluiu 18 vezes ao gol de Marcelo Bonan, fez apenas um, e de bola parada. Aos 37 do primeiro tempo Batatais cabeceou sozinho após falta cobrada por Jackson.

Na opinião geral, um lapso. "Foi um jogo atípico. Erramos muito na defesa e não tivemos sorte nas conclusões", analisou o zagueiro Índio.

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Em Santo André

Santo André 2 x 1 Coritiba

Santo AndréMarcelo Bonan; Alexandre, Ozéia, Galiardo e Pará; Bruno, Emerson, Makelele e Vânder; Elton (Ernanes) e Cadu (Leandrinho). Técnico: Ruy Scarpino.

CoritibaKléber; Índio, Henrique e Marcelo Batatais (Fábio Pinto); Wilton Goiano , Márcio Egídio, Jackson, Caio e Ricardinho; Eanes (Anderson Gomes) e Alberto (Jeferson). Técnico: Paulo Bonamigo.

Estádio: Bruno Daniel. Árbitro: Juliano Lopes Lobato (MG). Auxs.: Eduardo Henrique Vieira Campos e Wenderson Mozzer (MG). Amarelos: Wilton Goiano (C), Caio (C), Galiardo (S) e Alberto (C). Gols: Marcelo Batatais, aos 37’, e Vander, aos 41 do 1.º tempo; Galiardo, aos 27 do segundo tempo.

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