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Bandeiras hasteadas no circuito do Bahrein: país fica de fora da temporada de 2011 por motivos políticos | Sascha Schuermann/AFP
Bandeiras hasteadas no circuito do Bahrein: país fica de fora da temporada de 2011 por motivos políticos| Foto: Sascha Schuermann/AFP

Barcelona - Já no último domingo, no circuito da Catalunha, em Bar­­ce­­lona, integrantes das equipes de Fórmula 1 esperavam apenas a oficialização do cancelamento dos treinos coletivos, entre os pró­­ximos dias 3 e 6, e do GP de Bah­­rein, programado para o dia 13, diante da gravidade da situação política no país. Ontem, o príncipe Salman Al-Khalifa, do Bahrein, confirmou que a abertura do campeonato não será mais no seu país. A temporada passa a ter, agora, 19 etapas, e o GP da Austrália, no dia 27 de mar­­ço, abre o Mundial.

"Esperamos voltar em breve ao Bahrein", afirmou Bernie Ecclestone, no seu comunicado. Mas corre o risco de não ser assim. O promotor da Fórmula 1 precisa retirar uma prova do calendário pa­­ra a entrada do GP dos Estados Unidos, em 2012. E se antes, como o próprio Eccles­­tone adian­­tou, uma das duas corridas da Espanha – Valência ou Barcelona –, poderia ser a escolhida, agora a etapa bareinita também entrou na lista.

Para as equipes, uma etapa a menos significa uma oportunidade a menos de exposição de seus investidores. As corridas são assistidas por milhões de te­­lespectadores, em todos os continentes. "Mas essas situações são previstas em contrato", ex­­plicou um profissional de um time grande da categoria, no circuito da Catalunha, onde nesta segunda terminou a terceira sé­­rie de treinos coletivos.

E é exatamente a razão política que faz com que o organizador do GP de Bahrein não tenha de pagar a taxa do promotor, o quanto a Formula One Mana­­gent (FOM), de Ecclestone, cobra por edição da prova – estima-se que, no caso do Bahrein, por se tratar de um investimento estatal e ter entrado no calendário apenas em 2004, uma dos últimas, o custo seja de US$ 35 mi­­lhões (cerca de R$ 60 mi­­lhões). É um dos raros casos de isenção de pagamento. Parte desse di­­nheiro é revertido para as próprias escuderias.

"Nós precisamos realizar um teste numa região quente", disse Adrian Newey, diretor-técnico da Red Bull, no úl­­timo sábado, durante os testes em Barcelona. Pois esse ensaio não vai acontecer. Gary An­­derson, ex-projetista da Jor­­dan, Stewart e Jaguar, hoje co­­mentarista, explicou no do­­min­­go: "A temperatura de as­­falto mais elevada que tivemos na pré-temporada foi em Jerez, 26 graus. Mas as temperaturas normais ao longo do ano ultrapassarão os 40 e até 50 graus. O carro se comporta de maneira bem distinta".

Como o ensaio coletivo no Bahrein teria esse objetivo e foi cancelado, a Fórmula 1 realizará, agora, um teste de 8 a 11 de março em Barcelona, é provável que pilotos e equipes venham a conhecer o comportamento de seus carros, nas condições que enfrentarão ao longo do ano, apenas no circuito Albert Park, em Melbourne, já no fim de se­­mana da primeira corrida na Austrália. "Podemos ter, sim, algumas surpresas", comentou o brasileiro Rubens Barri­­chello, da Williams, o mais experiente piloto da competição.

Felipe Massa

O brasileiro fechou o último dia de testes da Fórmula 1, em Barcelona, ontem, com o melhor tempo. Ele cravou a marca de 1min22s625, seguido pelo australiano Mark Webber, da Red Bull, com 1min23s442, e pelo suíço Sebastian Buemi, da Toro Rosso, com 1min23s550. O piloto da Ferrari havia sido apenas o quinto colocado pela manhã, mas nos últimos 20 minutos da parte da tarde conseguiu melhorar o seu tempo e terminar na liderança.

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