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A Uefa afirmou nesta quarta-feira ao Parlamento da União Européia, que o futebol está perdendo sua identidade porque os clubes mais ricos do mundo estão contratando jogadores por seus valores comerciais e não por sua habilidade.

- Um exemplo de como o problema é negativo, é o que chamamos de 'fator Ásia', que ocorre quando um clube contrata um jogador asiático somente para criar ligação comercial, pagando uma alto salário ao atleta para ele ficar apenas no banco de reservas - disse Lars-Christer Olsson, chefe-executivo da Uefa.

Olsson também destacou o que chamou de "acúmulo de jogadores" pelos grandes clubes.

- Muitos clubes grandes estão simplesmente comprando os melhores jogadores e os deixando no banco. Fizemos pesquisas com os torcedores e 66% deles disseram que sentem que o futebol perdeu sua identidade porque poucos clubes estão usando jogadores locais - acrescentou.

A audiência pública de quarta-feira em Bruxelas foi a primeira vez que dirigentes do futebol europeu se encontraram pessoalmente com o G14, representante dos 18 maiores clubes de futebol do continente.

A Fifa recusou-se a negociar com o G14 e seu presidente, Joseph Blatter, ameaçou partir para a "guerra" com eles. O primeiro tópico em discussão foi a chamada "regra do jogador prata da casa", determinada no Congresso da Uefa do ano passado. A Uefa determinou uma cota mínima de jogadores locais por clube, com aumento gradual a partir da temporada 2006/07.

Para a próxima temporada, os clubes disputando as competições européias terão que ter quatro jogadores criados no próprio país, ou seja, que entre os 15 ou 21 anos tenham jogado por três temporadas no clube.

Uma das questões conflitantes diz respeito a uma brecha na legislação da UE.

- Não questionamos se a regra é certa ou errada, mas se é legal. A regra pode infringir claramente o tratamento não discriminatório e o livre trânsito da UE - disse o gerente-geral do G14, Thomas Kurth.

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