Um camisa 9 que marca e não deixa o rival respirar

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O Paraná já tem um novo camisa 9 para a Libertadores. Mas não é nenhum homem-gol. Na verdade, se o volante Adriano conseguir balançar a rede pelo menos uma vez já será um grande lucro. Afinal, é a marcação a principal virtude do jogador de 26 anos, capitão do Bragantino na campanha que levou o time às semifinais do Paulista.

O número inusitado lhe coube por ser o substituto do atacante Henrique, que deixou o clube há três semanas para defender o rival Coritiba. "Mas isso não importa. O que eu quero é jogar", disse o volante em sua apresentação ontem à tarde, na qual vestiu a camisa 2 para ser fotografado.

O técnico Zetti até gostaria de contar com um novo atacante no torneio internacional. "Tínhamos essa intenção. Mas não deu tempo", contou o treinador. O Paraná enviou ontem à Conmebol as duas alterações que decidiu fazer em sua lista. Além de Adriano, inscreveu o lateral-direito Léo Matos com a camisa 15 que era de João Vítor – afastado desde a fratura nos dois ossos do antebraço esquerdo na partida com o Flamengo, na Vila Capanema. Léo foi chamado para suprir a carência na posição após as lesões de André Luiz e Alex.

Caso passe pelo Libertad, o Tricolor ainda tem direito a fazer outra troca no grupo de 25 jogadores inscritos. Vaga provavelmente de um atacante, que deve ser contratado até o fim desta semana.

Para a defesa o reforço é Luís Henrique, que também estava no Bragantino. Porém o zagueiro ainda não foi apresentado porque seu procurador teve de viajar e não pôde definir os últimos detalhes com a diretoria.

Já Adriano garantiu, ontem, estar pronto para entrar em campo na quinta-feira contra o Libertad, do Paraguai, pelas oitavas-de-final da Libertadores. "Meu último jogo foi há uma semana. Se precisarem, estou à disposição", afirmou. "Vamos ver. Quero observá-lo melhor, porque ficou sem treinar uma semana", esclareceu Zetti sobre o assunto.

O volante assinou contrato até o fim de 2008 e desembarcou na Vila com os mesmos cabelos descoloridos que já usava no início da carreira, ao se destacar na Portuguesa Santista em 2003 e ser contratado pelo São Paulo, clube pelo qual teve o gostinho de disputar sua primeira Libertadores.

Na Baixada Santista, jogou ao lado de Silas, atual auxiliar-técnico de Zetti na Vila Capanema. No ano seguinte, foi sucedido por Beto, atual capitão paranista. Depois rodou por Juventude, Avaí e Juventus antes de passar por Bragança Paulista e fazer as boas partidas que chamaram a atenção de Zetti e da diretoria tricolor.