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A data poucos se lembram ao certo. Mas corria meados de 1996. Na Vila Capanema, se preparavam para entrar em campo, pelas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro sub-16, Paraná e Grêmio.

No Tricolor gaúcho, um tal de Ronaldo Assis, magro, dentuço e com a cabeça raspada, chamava a atenção por suas atuações na competição. Por isso Acir Rocha, na época técnico do Paraná sub-16, teve de responder à seguinte pergunta antes de entrar no vestiário para a preleção: "Você não está preocupado com o 10 deles?"

A resposta de Rocha, que na época ainda estava isenta da ação do tempo, foi repetida no vestiário paranaense, para dar mais incentivo ao jovem grupo: "Eu não. Eles é que têm de estar preocupados com o meu número 10!"

É aí que Goiano entra na história. O atual volante do Paraná, fazendo testes no futebol coreano, na época havia acabado de chegar ao clube e era o responsável pela criação das jogadas do time juvenil. E quem visse o primeiro tempo da partida, poderia mesmo achar que Rocha estava certo.

Com Ronaldinho bem marcado, foi Goiano que chamou a atenção e comandou o Paraná na vitória parcial no primeiro tempo por 1 a 0. Detalhe: o gol saiu de um passe seu.

"Lembro que um comentarista chegou a falar que meu passe ia valer milhões", conta Goiano.

Mas no segundo tempo Ronaldinho despertou. Em dois lances isolados, o craque deixou os atacantes gremistas na cara do gol, garantindo a virada gaúcha. O Grêmio acabou sendo o campeão brasileiro da categoria.

"Já dava para ver que era um jogador diferenciado. Não me surpreende ver ele hoje onde está", analisa o atleta que, no entanto, esperava um pouco mais de sorte para si. "Acho que faltou seqüência no Paraná. Quando me colocam é sempre quando o time vai mal. Daí nós (os pratas da casa) vamos bem, mas no outro ano voltamos para o banco." (MR)

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