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O dentista Michel começou a correr para tratar das dores nas costas e agora prepara sua estreia para o Ironman | Priscila Forone/ Gazeta do Povo
O dentista Michel começou a correr para tratar das dores nas costas e agora prepara sua estreia para o Ironman| Foto: Priscila Forone/ Gazeta do Povo

Opinião

Passadas auxiliam as braçadas

Adriana Brum, repórter.

Costumo dizer que sou uma judoca não praticante e uma atleta de fim de semana melhorada. Corro e nado por lazer. Pendurei o quimono e a faixa preta há 5 anos, depois de uma lesão no joelho esquerdo. Resolvi nadar e, entres indas e vindas na piscina, arrisquei os primeiros trotes no ano passado, já que fôlego eu tinha. Comecei na esteira, por medo de torcer o pé na rua. Nunca gostei de correr, mas foi uma boa maneira de perder uns quilos.

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Pergunte ao especialista

Batendo um papo com pessoas que desejam iniciar a prática de corridas de rua, é possível perceber que muitas dúvidas a respeito da preparação começam aparecer nos primeiros quilômetros rodados. O principal questionamento é quem devo procurar na hora de montar uma planilha de treinos. Que requisitos são necessários para um profissional atuar na assessoria esportiva?

Pergunta de Paulo Dariva, enviada ao blog do Fôlego.

Independentemente do objetivo, para prescrição de um treinamento de corrida o fundamental é que seja feito por um profissional formado em educação física. Em Curitiba, os melhores profissionais dessa área são filiados à ATCC (As­­sociação dos Treinadores de Cor­­rida de Curitiba). Sob a orientação desses profissionais você deverá ser submetido a uma avaliação médica e física, garantindo assim a segurança e a individualidade dos seus treinamentos.

Rosa Naimara, especialista em treinamento desportivo e coorderadora-técnica da Triax- assessoria esportiva.

Tem dúvidas sobre treinamento, acessórios ou cuidados antes de começar a correr? Escreva na caixa de comentários, que a nossa equipe vai atrás de um especialista para conseguir a resposta. folego@gazetadopovo.com.br

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Chega um momento em que vencer o próprio limite não é suficiente. É preciso vencer o próprio limite em frentes. É o desafio que faz com que corredores de rua decidam nadar, nadadores queiram pedalar, ciclistas iniciem treinos de corrida. Quando percebem, tornaram-se atletas polivalentes.

Aventurar-se em mais de uma modalidade – com moderação – resulta em vários benefícios ao esportista. O corpo exercita diferentes grupos musculares, o que melhora o condicionamento físico. A diversidade de exercícios mantém alto o nível de motivação com o exercício, pois diminui o risco de a repetição do treino ficar entediante.

Uma pessoa que corre e começa a pedalar, por exemplo, vê sua capacidade cardiorrespiratória melhorar e suas distâncias na corrida aumentam mais rapidamente. "Pode-se trocar treinos, com gran­­des ganhos. Em um dia de corrida leve, faz-se uma aula de natação, sem o impacto com o so­­lo. A ideia (de treinos multidiscipli­­nares) é que o corpo não se adap­­te a um tipo de movimento e continue progredindo", diz o triatleta e coordenador do grupo de corrida da Cia. Atlhetica, Alisson Tracz.

Técnicos e professores de assessorias esportivas concordam que seus atletas estão, cada vez mais, agregando novas atividades. De­­pois do boom da corrida de rua, di­­zem que é a vez das provas de duatlo.

Foi o que aconteceu com o den­­tista Michel Colodi Schne­­ken­­berg, 29 anos. Ele optou primeiro pela natação, para se livrar das dores nas costas causadas pela profissão, há cinco anos, quando mal completava 700 metros em uma hora. Animado com o progresso, passou a caminhar e, em se­­guida, a correr, para perder pe­­so. Daí para comprar uma bicicleta e tornar-se um triatleta amador, bastou a sugestão de seu técnico.

Michel vai fazer seu primeiro Iron Man, em 30 de maio, em Florianópolis (SC). Serão 3,8 km de natação, 180 km pedalando e 42 km na corrida. "Nunca pensei que seria capaz de tanto", diz. Mas ele não pretende seguir carreira como "homem de ferro". "Para a prova, treino oito horas diárias. Família e trabalho ficaram em segundo plano". Depois de cumprir o desafio, pretende reduzir cinco horas de treinamento e voltar a sentir prazer com o esporte.

O mesmo prazer que estimula o gestor de fundo Eduardo Augus­­to Guedes, 29 anos. Ele treina para corridas de 10 km e 21 km (meia-maratona) há um ano e meio. Ano passado, incluiu pedaladas em trilhas com sua mountain bike na sua vida. "Quero também nadar, mas, por enquanto, estou sem tempo", conta. "O ciclismo é uma atividade mais lúdica, me exercito em meio a belas paisagens. E senti muita diferença na corrida, com mais fôlego", diz.

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