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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

A campanha do Coritiba, líder da Série B, conta com o apoio de um personagem que pouco aparece para a torcida, não é muito conhecido para os mais jovens e nem entra em campo. Entretanto, o supervisor Maurício Cardoso exerce uma importante função entre os jogadores e a comissão técnica.

"Sou um faz-tudo aqui dentro", brincou ele que, no início do ano, voltou ao futebol convidado pelo coordenador João Carlos Vialle, para sua quarta passagem pelo Alto da Glória.

Fazendo um trabalho quase invisível de fora do Couto Pereira e do CT da Graciosa, Cardoso é o responsável por um elo entre o time, a comissão e a diretoria.

"O importante é sempre usar o diálogo para que as coisas não tenham uma dimensão maior e sejam contornadas. A parte logística do futebol também tem de andar", revelou.

Sempre com uma piada pronta para curtir os atletas, integrantes da comissão e até os repórteres que cobrem o dia-a-dia do clube, Cardoso não escapa das brincadeiras do elenco.

"Ele é a cara do Vô Coxa", entregou o volante Careca, apontando a semelhança entre o mascote alviverde e o supervisor. "Até o Anderson Lima, que tem minha idade, me chama de Vô Coxa", rebate Cardoso.

Na verdade, Maurício Cardoso tem 53 anos e está há mais de 23 no futebol. Começou no Pato Branco e chegou ao Coxa em 1988, após uma passagem pela Federação Paranaense, para ficar até o fim de 89 – trabalhou no Verdão também em 1991/92 e 98.

"Osvaldo, Serginho, Carlos Alberto Dias, Tostão, Kazu e Chicão. Aquele time de 89 era fantástico", vibra ele, que ajudou a montar o elenco Campeão Estadual naquele ano. "A sinergia com a torcida e a alegria do elenco atual lembram aquela equipe", comparou.

Em 1998, mais uma equipe que deixou saudades e empolgou com o terceiro lugar na primeira fase do Brasileirão. "Foram os dois grandes times do Coritiba ao lado dos do início da década de 70 e do de 85", opinou.

Entretanto, nem só marcadas por alegrias foram as passagens de Cardoso pelo Coxa. Em 89, a tristeza de ver o Coxa rebaixado à Série C por uma canetada da CBF chateou muito o dirigente – o clube não compareceu para enfrentar o Santos, em Juiz de Fora, por exigir atuar no mesmo horário de Vasco e Portuguesa, também interessados em uma vaga na segunda fase.

"Eu e o Vialle éramos a favor de viajar para jogar, mas o departamento jurídico e o presidente em exercício Mauro Maranhão (Bayard Osna se absteve de opinar porque estava suspenso) confiaram na liminar que dava todas as garantias ao Coritiba", recordou.

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