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O Nílson é um verdadeiro irmão para mim e um patrimônio do clube. Nos conhecemos em 1968, ele veio para o Atlético no começo do ano, para jogar o Estadual, e eu vim para o Nacional. Ano que vem vamos completar 40 anos de amizade. Em campo o Nílson era um jogador maravilhoso, que há muito tempo não existe mais. Um ponta-esquerda com grande visão de jogo, cruzava muito bem, sabia fazer gol, tinha um chute fortíssimo.

Eu lembro especialmente de uma partida em que estivemos juntos, o histórico Atletiba no Couto Pereira em que vencemos por 4 a 3, em 1971. Ele jogou muito, fez dois gols, um de cabeça, acho que o único que ele fez na carreira. Eu devo muito a ele, e a outros companheiros, como o Buião, pelo fato de eu ser o maior artilheiro da história do Atlético. Dependeu muito deles. Afinal, em um esporte coletivo como o futebol, ninguém faz nada sozinho.

E na vida pessoal, é um grande cara também. Não temos nos visto muito como gostaríamos, pois cada um tem os seus interesses. Mas com ele não tem boca para nada. Aliás, tem sim e muito (brincando, fazendo referência ao apelido de Nílson, Bocão).

Uma pessoa fora de série, sempre alegre, meio irrequieto às vezes, gosta de fazer bagunça o tempo todo. Aliás, nas concentrações ele era o rei das brincadeiras, volta e meia aprontava alguma sacanagem. Espero sinceramente que ele tenha saído numa boa do Atlético, pois não me consta que quisesse se aposentar.

Sicupira, maior artilheiro da história do Atlético e comentarista da rádio Banda B.

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