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O zagueiro Rodrigo Defendi (à frente) comemora o gol que abriu o placar e o caminho para, enfim, o Tricolor vencer no Campeonato Paranaense. Apesar do nervosismo da equipe, o segundo tempo foi animador para os tricolores | Walter Alves/ Gazeta do Povo
O zagueiro Rodrigo Defendi (à frente) comemora o gol que abriu o placar e o caminho para, enfim, o Tricolor vencer no Campeonato Paranaense. Apesar do nervosismo da equipe, o segundo tempo foi animador para os tricolores| Foto: Walter Alves/ Gazeta do Povo

Sistema defensivo se redime, sai ileso e ainda colabora com setor ofensivo

A explicação para as duas vitórias do Paraná no ano pode não estar, necessariamente, na pontaria afiada do ataque. Justamente nos jogos em que saiu vitorioso, o Tricolor também manteve a própria meta zerada. E isso é fato novo, visto que nas partidas anteriores, teve ao menos um gol sofrido.

A defesa recuperou parte da credibilidade, mas suficiente para esquecer atuações abaixo da média de jogadores como Carlinhos, Onildo e Wellington, todos dispensados. Do outro lado, o zagueiro Rodrigo Defendi, que chegou no meio do turbilhão de maus resultados, ganhou espaço e a titularidade.

O segredo dele para garantir segurança na defesa é a simplicidade e a concentração. "Nos outros jogos até estivemos con­­cen­­trados, mas faltava algo. Trei­­namos bastante e com a qualidade dos jogadores, não tem pra ninguém", disse.

Contra o Cascavel, o zagueiro foi fundamental também para o ataque, marcando o gol que abriu o placar na Vila Capanema. "Eu vinha tendo atuações regulares, mas o gol ajudou a dar um ponto a mais na minha trajetória no clube", comentou. (GR)

Opinião

Apenas o dever

O Paraná não foi brilhante, mas conseguiu vencer a segunda partida consecutiva no ano. O time de Ricardo Pinto mostrou, principalmente no primeiro tempo contra o Cascavel, que ainda tem muito a melhorar. A dificuldade na criação de jogadas é extrema e preocupante, o que torna a equipe dependente de bolas paradas e jogadas individuais, principalmente de Kelvin.

No entanto, a defesa mostrou-se mais segura – não sofreu gol nos últimos dois jogos – e os atletas parecem mais "afim de jogo". Vale ponderar que as duas vitórias vieram contra uma equipe semi-amadora (Gurupi-TO) e, ontem, diante de um sofrível Cascavel. De qualquer forma, para quem não vencia nenhum jogo, o Paraná cumpre sua obrigação e ganha embalo para o restante da competição. No segundo turno, aliás, o Tricolor terá de vencer pelo menos metade dos jogos para não cair. Para isso, só a motivação não vai bastar. A qualidade vai ter que dar as caras.

Adriano Ribeiro, repórter

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"Não faço milagre, mas basta passar alegria para a garotada, que ninguém consegue segurar. Devolvemos aos meninos a oportunidade de acordar no dia seguinte com felicidade", resumiu o técnico Ricardo Pinto, após a vitória por 2 a 0 sobre o Cas­­cavel, ontem, na Vila Capanema.

"Agora os torcedores já não são tão sacaneados", brincou o treinador, ain­­da animado com o primeiro tri­­unfo do clube na competição, após 11 rodadas. O Paraná segue na lanterna do Estadual e – segundo os cálculos internos – precisaria de mais 18 pontos para se manter na elite.

Pela demonstração desse domingo, apesar de um primeiro tempo assustador, os paranistas podem se animar – mas com cautela. Mesmo sabendo das dificuldades financeiras e técnicas do clube, poucos poderiam imaginar que o Paraná fecharia a fase inicial segurando a lanterna e lutando contra o rebaixamento.

Somando apenas uma vitória e dois empates, o time da Vila Capa­­ne­­ma precisa de uma campanha totalmente oposta e digna dos melhores na tabela para escapar da degola. Teria de obter um aproveitamento similar ao de Arapongas e Cianorte, que fecharam o turno na 5.ª e 6.ª po­­sições, com 17 pontos.

O alento para a arquibancada é de que o time apresentou em campo um desempenho bastante superior ao do início da temporada, inclusive contando o triunfo sobre o Gurupi-TO, na semana passada. E o bom rendimento coincide com a chegada do no­­vo treinador, que novamente sentenciou que a alegria voltou ao Du­­rival Britto.

Ao lado do treinador, alguns jogadores tiveram um crescimento nas últimas partidas, assim como os no­­vos contratados que começaram a se destacar. Diante da Serpente, foram duas estreias [Leandro Castan e Léo] e dois retornos de garotos da base [Bru­­ninho e Marquinhos]. Todos eles bastante elogiados pelo técnico após o jogo. Sem euforia, Ricardo Pinto pe­­de paciência e lembra que ainda há muitos jogos pela frente e que é preciso encaixar um grande números de vitórias para respirar. O importante, segundo o treinador, é manter o "es­­tado de alerta" e reverter o "quadro de dificuldade".

Os gols do Tricolor surgiram apenas na etapa final. Primeiro, Rodrigo Defendi, de cabeça, após cobrança de escanteio. Depois, Kelvin, cobrando pênalti. Ou seja, ambos de jogada nascida de bola parada.

O Paraná tenta dar o primeiro passo rumo às seis vitórias, contra o Co­­rinthians-PR, no próximo fim de se­­mana, possivelmente no sábado de carnaval. Mesmo ciente do caminho complicado que o time tem pela frente, o treinador pede respeito e manda um aviso aos adversários.

"Isso é Paraná Clube, com time grande não se brinca."

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