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Maracaibo – A maratona de revezamento do Paraná entre a Libertadores e o Paranaense vai dar ao auxiliar-técnico Silas, camisa 10 da seleção brasileira na Copa de 90, a chance de comandar uma equipe do banco de reservas muito antes do que esperava. Como Zetti vai ficar em Curitiba preparando o time titular para a partida de quarta-feira contra o Real Potosí, será ele o responsável pelo time que vai enfrentar o Paranavaí amanhã, no Noroeste do estado.

"É a minha primeira vez, mas estou tranqüilo. Trabalho com a rapaziada diariamente e só não fico mesmo na beira do campo", contou Silas, que normalmente fica posicionado em um camarote se comunicando com o técnico via rádio. "Até prefiro lá em cima, por causa da visão. O Zetti mesmo já falou que em algum jogo pretende trocar de posição para observar a partida", acrescentou. Em Paranavaí quem ficará num plano mais alto será o preparador de goleiros Renato Secco.

As conversas sobre trabalharem junto começaram quando eram companheiros de seleção – nunca jogaram juntos em nenhum clube. Até que o ex-meia foi chamado por Zetti para compor a comissão técnica do Tricolor. "Temos uma linha de pensamento parecida. O estilo de vida também. Acho que por isso quando nos juntamos parecia que o trabalho já vinha de algum tempo."

Silas contou que no início o companheiro comentou que não esperava tê-lo como auxiliar por muito tempo. "Ele me disse: ‘Não dou dois anos para você se tornar treinador’, mas não penso nisso ainda. Tenho que passar por todas as etapas", afirmou.

Fortalecer a auto-estima dos jogadores é uma das principais características do auxiliar. "Dom para trabalhar eu tenho, porque quando jogava já fazia isso. Aqui mesmo, em pouco tempo resgatamos jogadores que o pessoal falava que não conseguia ir bem e de repente estão arrebentando", disse, se referindo a atletas como André Luiz, Goiano e Felipe Alves.

A fé da religião evangélica o apóia nesse trabalho. "É parte constante do futebol. Só não se pode confundir as coisas. Achar que Deus vai dar sem precisar de trabalho, que não é necessário dar carrinhos em campo quando preciso. Ajuda também a não deixar a vaidade tomar conta, como agora, com a equipe bem na vitrine da Libertadores e a imprensa em cima dos jogadores."

Com quatro Libertadores no currículo de jogador – por São Paulo, Internacional, San Lorenzo-ARG e Atlético –, têm sido importantes os contatos dele na disputa do torneio continental. "Tanto eu como o Zetti disputamos várias vezes a competição. Por ter jogado na Argentina, conheço muita gente, como o Angelucci (goleiro do Maracaibo). Joguei contra o técnico deles também (Jorge Pellicer), o (meia) Urdaneta...", revelou Silas, que do Paranavaí não deve saber tanto assim.

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