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Helsinque, Finlândia (AE) – O jornalista Matti Salmenskylä simplesmente viu Adhemar Ferreira da Silva saltar nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952. "O Adhemar tinha um estilo muito elegante de saltar, sua técnica era elegante. Nunca vi alguém saltando como ele depois."

A história que Matti – um, senhor careca de olhos azuis hoje com 75 anos – conta mostra que Adhemar Ferreira da Silva, aos 25 anos e sem nunca ter sido profissional, sabia fazer "marketing" pessoal, pelo menos para agradar a um povo que não o conhecia.

"Ele cantava uma canção finlandesa que fala das mulheres. E isso agradava muito. Adhemar foi muito popular aqui. Todas as vezes que o da Silva ia a uma Olimpíada, desde então, visitava a delegação da Finlândia e cantava a tal música", observa Matti.

E a tal música finlandesa que Adhemar cantava – mesmo em cerimônias, no Brasil – parece mesmo ter marcado sua passagem pela Finlândia. O cantor André Noël Chaker, diretor de protocolo do Mundial de Helsinque, conta como a canção de Adhemar ajudou a cidade a ganhar a sede dessa competição, numa eleição realizada pelo conselho da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), em 2001, em Nairóbi.

"Helsinque era a última candidata a se apresentar, teríamos de oferecer algo diferente." Chaker entrou no palco cantando. "O nome da música é Sim, para você mulher bonita", observa, traduzindo o título do finlandês para o inglês. "Eu cantei isso em finlandês, por uns 30 segundos. É uma música antiga, tradicional. Quando terminei, apontei para o telão, que mostrava o salto de Adhemar, e disse: ‘Esse homem cantou essa canção em 1952, ele era muito charmoso e ser tornou uma das estrelas dos Jogos Olímpicos de Helsinque."

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