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A Vila Pan-Americana, única obra com que, na teoria, o país não teria custos por ser uma parceria com a iniciativa privada, vai retirar dos cofres públicos a "bagatela" de R$ 25 milhões. E isso apenas pelo aluguel das instalações pelo período de 2 meses e meio – para a realização do Pan e Parapan.

A construtora Agenco é a responsável pela obra que depois das competições virará um condomínio fechado na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro. Os apartamentos, inclusive, já estão todos vendidos.

E além de ter sido beneficiada pela mudança da Lei de Zoneamento no local – o que valorizou em muitas vezes o terreno da construtora – e contar com a propaganda da competição para suas instalações, a empresa ainda receberá o aluguel que corresponderia a R$ 6,8 mil mensais por apartamento – bem mais que o valor de um apartamento com vista para o mar, no mesmo bairro, e com 260 m2, praticamente o dobro do tamanho médio dos da Vila.

A confirmação de que os R$ 25 milhões são mesmo para a locação do local foi feita por Ruy Cezar, secretário especial dos Jogos Pan-Americanos 2007.

"Esse dinheiro é a título de aluguel", disse, para depois afirmar que com a mudança da lei de zoneamento (que permitiu a construção de prédios com mais de 4 andares e também comerciais) o terreno da construtora teria valorizado "50 vezes".

O diretor da Agenco, Sérgio Goldberg, discorda que esteja locando seu condomínio. Segundo ele, o valor citado servirá apenas para adaptações no local. "Os R$ 25 milhões são para transformar o condomínio em Vila", afirma.

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