Temporada
Londrina ficou no quase
Em seu retorno às competições nacionais, o Londrina teve como saldo a vice-lanterna da atual temporada, com 8 jogos ganhos em 26 disputados e muito trabalho pela frente para a disputa da terceira edição do NBB.
Com a dispensa do técnico Ênio Vecchi e de todo o elenco, terá de começar praticamente do zero a formação da equipe para a temporada 2010/2011, com início previsto para novembro. O trabalho só não será tão complicado quanto o do ano passado devido ao interesse de outras equipes em firmar parcerias na montagem do plantel. Mas tem ainda o desafio de atrair um maior número de patrocinadores.
"Nesta temporada, tínhamos o menor orçamento entre os 14 times na disputa [R$ 37 mil na folha salarial]. Ainda assim, ficamos apenas a um ponto da classificação para os playoffs. Vencemos o Flamengo e o time jogou bem sempre. Infelizmente, os empresários ainda não têm a cultura de investir em projetos a longo prazo", diz o diretor de esportes do Londrina, José Eduardo Vicente, o Leitinho.
Uma final com jeito de reprise. Pelo terceiro ano consecutivo, o campeão brasileiro de basquete sairá do confronto entre Universo (DF) e Flamengo (RJ). Nas duas primeiras vezes, o Rubro-Negro carioca levou a melhor. Na atual temporada, o time de Brasília sai com a vantagem na melhor de cinco partidas que define o título, tendo três jogos como mandante.
O primeiro confronto é hoje, às 16 horas, no Rio de Janeiro, e marca o fim da segunda temporada do campeonato nacional, o Novo Basquete Brasil (NBB), organizado pela Liga Nacional de Basquete (LNB). A atual edição do campeonato se encerra polarizada como foi a primeira: nos lugares mais altos da tabela, os times com maior aporte financeiro. Na rabeira, os de orçamento mais modesto.
"Decidem dois times que mantiveram elenco e bom nível de investimento. O Brasília é um caso especial, que conseguiu um patrocinador muito forte [a Universidade Salgado de Oliveira], cujo dono gosta muito de basquete. O Flamengo é um clube altamente rentável, por sua grande torcida, o que atrai patrocínio", avalia o comentarista esportivo da ESPN Brasil e ex-jogador da seleção brasileira, Zé Boquinha.
Ele afirma que levará algum tempo até que outros times possam concorrer à altura com os atuais finalistas. "Isso se encontrarem apoiadores financeiros. Um aval internacional é importante, como um bom desempenho da seleção no Mundial [no final de agosto]. Ficar pelo menos entre os seis primeiros do mundo mostrará que o esporte merece investimento", diz o comentarista.
O gerente executivo da Liga Nacional, Sérgio Domenici, considera que, apesar de Universo e Flamengo terem "monopolizado" os primeiros lugares no pódio, a segunda temporada da competição teve nível técnico mais equilibrado, o que deve ser uma tendência. "Para a temporada 2010/2011, temos o ingresso do Uberlândia (MG), o retorno do Limeira (SP), equipes de qualidade. O Pinheiros (SP) e o Minas (MG) mostram que virão com mais força", fala. Para disputar o NBB, as equipes têm de ser filiadas à LNB e adquirir uma franquia "vitalícia" no valor de R$ 200 mil.
Zé Boquinha destaca que o equilíbrio técnico requer também mais jogadores de qualidade, atualmente escassos no país. Domenici afirma que novos talentos vão aparecer a partir da próxima temporada.
A LNB pretende promover um torneio nacional Sub-20 paralelo ao campeonato adulto. "Cada jogo da NBB terá uma preliminar com o sub-20. Os custos serão cobertos via Lei de Incentivo, em um projeto de R$ 2,4 milhões". Um dos apoiadores da proposta seria a Eletrobras, estatal patrocinadora das seleções nacionais de basquete.
Ao vivo
Flamengo x Universo/Brasília, às 16 horas, no SporTV.
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