A Associação Uruguaia de Futebol (AUF) informou nesta sexta-feira (3) que vai apresentar uma queixa à Fifa pela conduta dos torcedores britânicos que, na quarta-feira passada, vaiaram o hino do Uruguai antes do partida contra a Grã-Bretanha nos Jogos Olímpicos.
O presidente da AUF, Sebastián Bauzá, disse que o Uruguai "é um país respeitoso" e não merece "que seu hino seja vaiado", e que tal atitude causou "mais dor que a derrota", o que não pode "ficar impune".
Antes da partida disputada na cidade de Cardiff, os torcedores, em grande maioria da seleção britânica, vaiaram enquanto o hino uruguaio era executado.
Durante o encontro, o capitão da seleção uruguaia, Luis Suárez - jogador do Liverpool - também foi constantemente hostilizado.
"A tradicional fleuma britânica e o famoso fair play que proclamam esteve longe do estádio. As vaias prolongadas ao nosso hino é algo que não podemos deixar passar porque é uma evidente atitude antidesportiva", disse Bauzá.
"Ontem à noite mesmo pedi uma reunião com o organizador do Comitê de Cardiff, porque não merecemos as vaias. Além disso, falei com Maglione sobre o assunto", acrescentou.
Julio César Maglione é o presidente do Comitê Olímpico Uruguaio (COU) e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), e também foi presidente da AUF há alguns anos.
Bauzá, que deve retornar hoje a Montevidéu, anunciou que vai analisar o tema com os demais diretores da AUF para apresentar uma queixa formal à Fifa e à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) pelo ocorrido.
A seleção da Grã-Bretanha venceu por 1 a 0 e eliminou o Uruguai na primeira fase dos Jogos Olímpicos. A 'Celeste', que voltou a competir no futebol olímpico após 84 anos de ausência, foi campeã olímpica nos Jogos de 1924 e 1928.
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