• Carregando...

Depois da vitória apertada de sábado sobre o Santa Cruz, o técnico atleticano Oswaldo Alvarez, ao mesmo tempo em que elogiou a torcida organizada Os Fanáticos, chamou a atenção de outros torcedores que, na sua opinião, deveriam apoiar mais o time em vez de cobrar.

"Gostaria de parabenizá-los (Os Fanáticos), que empurraram a equipe o tempo inteiro. Mas parte da torcida parece não estar entendendo que o momento ainda é complicado", discursou Vadão.

Para o treinador, os atleticanos não devem mudar de atitude dependendo da produção da equipe. Ele chegou a comparar um dos melhores momentos da história do clube, o vice-campeonato continental em 2005, com o jogo de ontem, no qual o Atlético, de campanha irregular no Brasileiro, voltou a jogar mal apesar de ter saído com a vitória. "É fácil bater palmas quando o time vai para a final da Libertadores, mas precisamos de incentivo nas horas difíceis também."

Curioso é que na vitória sobre o Paraná, pela Copa Sul-Americana, na última quarta-feira, Vadão ouviu o coro de "burro" ao tirar Marcos Aurélio para colocar Paulo Rink – os torcedores queriam que Denis Marques fosse o escolhido para sair. Na ocasião, o grito de protesto partiu com maior força justamente da torcida organizada agora elogiada pelo técnico.

Porém a atitude pode ser considerada um caso isolado. De forma geral a Os Fanáticos tem apoiado até em momentos improváveis. O maior exemplo foi dado na derrota de 5 a 0 para o Botafogo, há duas semanas, pior resultado do Rubro-Negro em casa desde a construção da Arena. No início do segundo tempo, mesmo com o time já tomando de 4 a 0, a facção gritava como se fosse necessário apenas um gol para empatar a partida.

A parceria entre organizada e time começou exatamente com a chegada de Vadão, quando cessou o coro "Fora Givanildo", destinado ao ex-treinador, ouvido em quase todas as partidas realizadas na Arena anteriormente. Também contribuiu bastante a reaproximação da diretoria do clube com a organizada, cuja relação estava estremecida há mais de dois anos.

Desta maneira o aproveitamento do time em casa cresceu assombrosamente. Desde a troca no comando técnico foram seis jogos no estádio, com cinco vitórias e apenas a derrota para o Botafogo, ou seja, 83,3% dos pontos conquistados. Anteriormente, com Givanildo Oliveira no cargo, o Atlético tinha duas vitórias, dois empates e três derrotas na Baixada, o equivalente a um aproveitamento de apenas 38,1%.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]