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O Mundial de clubes no Japão não é só a chance de os times participantes expandirem suas fronteiras, aumentando a exposição para eventuais investidores e patrocinadores multinacionais. Financeiramente, revelou-se uma ótima oportunidade de os clubes engordarem seus cofres. Corinthians e Chelsea disputam o título, mas também estão de olho na generosa premiação.

O time inglês entra em campo como favorito e cabe ao Corinthians tentar a superação, para quebrar a supremacia europeia de seis anos na conquista de títulos mundiais de clubes. Tecnicamente os "Blues" mostraram melhor condicionamento que o representante brasileiro e isso não chegou a surpreender, afinal o grau de profissionalismo praticado no futebol europeu continua muito acima dos demais continentes.

O Chelsea, mantido pelo bilionário russo Roman Abramovich – que teria feito fortuna durante os grandes escândalos no processo de desmonte do arcaico regime comunista para a entrada do sistema capitalista –, possui jogadores que são titulares das seleções de seus respectivos países.

Porém, da mesma forma que São Paulo e Internacional conseguiram surpreender nas finais da Copa Toyota Liverpool e Barcelona, respectivamente, o Corinthians se apresenta como uma equipe aguerrida, motivada e empurrada por expressiva legião de torcedores que se deslocaram até o Japão para apoiá-lo. Vale a pena conferir o último grande jogo do ano.

Covardia

A final inacabada da Copa Sul-Americana, entre São Paulo e Tigre, foi interessante pelo futebol apresentado pelo time brasileiro e assustador pela violência dos argentinos, que repetiram a agressividade do primeiro jogo em Buenos Aires. Serviu para me fazer pensar sobre a covardia das cotoveladas nas partidas de futebol. Tolera-se muita coisa num campo, especialmente quando os jogos são dirigidos por árbitros pusilânimes, quase uma regra nos torneios deste continente.

Mas se há algo intolerável, coisa realmente de tirar do sério, é a cotovelada proposital como a que foi desferida pelo beque argentino no atacante Lucas, do São Paulo. O assoprador de apito nem sequer marcou falta no lance, mesmo sendo uma cotovelada que representou agressão inominável e perigosa. Quem já praticou qualquer esporte de contato físico sabe muito bem disso.

É extremamente brutal, resulta frequentemente em dentes quebrados, nariz fraturado, supercílios abertos. A cotovelada no futebol é dada sempre de surpresa. Ficou barato para Lucas. Traz em si alguma coisa que lembra os ferimentos do boxe, com a diferença de que no boxe cada um sabe o que vai ocorrer e cuida de si.

Da mesma forma que o São Paulo deve ser castigado pelo descontrole de seus seguranças no intervalo do jogo no Morumbi, o Tigre precisa ser exemplarmente punido.

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