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Bruno Senna | Divulgação
Bruno Senna| Foto: Divulgação

Apostas

Bruno Senna ou Lucas Di Grassi: qual dos dois merece ficar com a vaga na Fórmula 1? Por quê?

"Os dois demonstraram capacidade. Só o fato de nunca ter corrido de kart, indo direto para a Fórmula 3 inglesa, já atesta o talento do Bruno Senna. Já o Lucas Di Grassi é um cama-rada extremamente inteligente. Do ponto de vista da formação de um piloto, fez uma carreira que todo mundo recomenda. A sua participação na GP2 neste ano foi de arrepiar. Por isso, acredito que ambos têm potencial para ser um bom piloto de F1."

Lívio Oricchio, Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde.

"Mérito por mérito, o Di Grassi. Ele tem mais cancha, mais quilometragem. Foi criado pela Renault, passou pela Fórmula 3... Já o Bruno Senna, apesar de um enorme talento e da capacidade de andar muito rápido, tem menos experiência."

Cassiano Mariani, Gazeta do Povo.

"Sinceramente, não sei. Tem de esperar o teste mesmo. O Felipe Massa tem dito que o Bruno está mais preparado, e eu tendo a acreditar nele."

Reginaldo Leme, Rede Globo.

"O Lucas, inegavelmente. Pelo fato de ser piloto de testes da Renault, tem muito mais hábito com um carro de Fórmula 1. Além disso, tem mais rodagem, experiência e tempo de automobilismo."

Lito Cavalcanti, SporTV.

  • Lucas Di Grassi

Bruno Senna x Lucas Di Grassi. Amigos separados pelo desejo de ingressar na principal categoria do automobilismo mundial, a Fórmula 1. O circuito da Catalunha, em Barcelona, na Espanha, acompanhará a partir de amanhã o embate entre os brasileiros por um lugar na Honda. Serão três dias de testes, com duas sessões para cada piloto.

O roteiro prevê um confronto direto e uma disputa mano a mano de cada concorrente com o inglês Jenson Button, já confirmado pela escuderia japonesa para a temporada 2009. O mais veloz garante o cockpit. No caso de um fracasso duplo, aumenta a chance de Rubens Barrichello permanecer na equipe, adiando por mais um ano a aposentadoria.

O pega promete ser dos mais acirrados. Moradores do mesmo prédio na região central de Londres, na Inglaterra, os vizinhos se conhecem bem. O sobrinho de Ayrton Senna tem por característica ser um exímio observador. A favor de Di Grassi pesa a experiência de quem passou por todas etapas antes de bater à porta da F-1.

Neste ano, os dois se enfrentaram na GP2, último degrau antes da categoria principal. Deu Bruno Senna, vice-campeão com 64 pontos, um a mais do que o compatriota. Di Grassi, que, por acumular também o cargo de piloto de testes da Renault (F-1), participou de apenas 14 das 20 etapas. No ranking de vitórias, duas para Senna, três para Di Grassi.

Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo divergem sobre quem é o mais preparado neste momento para guiar um F-1. "A decisão será na pista", resume Reginaldo Leme, comentarista de automobilismo da Rede Globo (leia mais opiniões nesta página).

Nos bastidores, contudo, existe a desconfiança – e o temor por parte da ala Di Grassi – de que questões políticas possam influenciar na decisão da escuderia. Neste aspecto, a vantagem de Bruno é inegável. A começar pelo sobrenome, um mito dentro da Fórmula 1. No Japão, terra da Honda, Ayrton continua sendo venerado, quase 15 anos após a sua morte. Há, inclusive, um memorial dedicado aos feitos do tricampeão.

Ele levaria também para a nova casa um pool de patrocinadores (Santander, Embratel, Cavalera, Carglass, Hublot e Hilton), o que representa dinheiro em caixa para reorganizar a equipe após o fraco desempenho em 2008.

Existe ainda um terceiro ponto a favor do filho de Viviane Senna: a influência de Gerard Berger, velho amigo e ex-companheiro de Ayrton, encarregado de orientar a carreira de Bruno.

Se a Honda optar por dar um peso maior a questões extrapista, o "Senninha" largou na frente. O que, de certa forma, não seria uma novidade na carreira de Di Grassi. A não efetivação para o ano que vem na Renault, que garantiu a permanência de Nelsinho como titular após o GP do Brasil, no começo do mês, também estaria relacionado à tradição dos Piquet. "É claro que (o sobrenome) sempre ajuda um pouco. Tive de aprender a conviver com isso desde os tempos do Kart. Competia com o Nelsinho Piquet, com o Bruno Senna...", afirmou ele, em entrevista à Rádio Jovem Pan, de São Paulo.

O piloto, no entanto, segue acreditando em uma definição técnica. "A Honda precisa de resultado para crescer. Vão escolher o melhor, tenho certeza."

Alheio a qualquer tema que não seja carro/pista/velocidade, Bruno espera garantir o assento na base do talento. "Confio na minha capacidade. Quero mostrar à Honda que mereço a oportunidade", crava, demonstrando a mesma autoconfiança do tio famoso.

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