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Tiago Splitter foi o único atleta da NBA a participar da classificação brasileira no pré-olímpico | Maxi Failla /AFP
Tiago Splitter foi o único atleta da NBA a participar da classificação brasileira no pré-olímpico| Foto: Maxi Failla /AFP

O basquete masculino brasileiro estará na Olimpíada de Londres, em julho de 2012 e quebra um ciclo negativo de 16 anos fora da principal competição esportiva do mundo.

Ao vencer a República Dominicana por 83 a 76 não só acabou com o jejum como também novamente coloca o Brasil em uma final, hoje, às 21h15, contra o vencedor de Porto Rico e Argentina, que até o fechamento desta edição ainda disputavam a outra semifinal, também valendo uma vaga olímpica, em Mar Del Plata, na Argentina.

Assim, o técnico argentino Rubén Magnano cumpriu a promessa feita quando assumiu o cargo, em janeiro de 2010 de recolocar o Brasil entre as equipes mais competitivas do basquete mundial. A última vez que o país esteve em uma Olimpíada foi em Atlanta-1996.

Não para menos, a 15 segundos do final da partida, os jogadores brasileiros no banco já se abraçavam e choravam com a alegria da conquista, mesmo sob as vaias da torcida argentina, que aguardava, no ginásio Islas Malvinas para assistir à segunda semifinal.

O ala/armador Marcelinho Machado foi um dos que mais comemoraram. Foi o destaque brasileiro na partida, com 20 pontos, e com uma conquista particular: aos 36 anos, havia participado das últimas quatro tentativas frustradas de o Brasil seguir disputando o basquete olímpico. "Não tem nem o que falar... Saber que você trabalhou muitos anos para realizar um sonho, muitos anos abdicando de muitas coisas. Não é questão de tirar um peso, mas de conseguir um objetivo, fizemos as coisas direito, foram dois meses de preparação, todo mundo abdicando de coisas pela seleção", afirmou o jogador.

No início do Pré-Olímpico, a equipe figurava entre as favoritas a uma das duas vagas destinadas às Américas, mas mais pela tradição do país no esporte que pelo passado recente.

Sob o comando de Magnano, o Brasil já subira oito posições no Campeonato Mundial de 2010, em relação à edição anterior. O país foi da 17ª à 9ª, quando perdeu as oitavas-de-final para a Argentina.

Mas, nos torneios preparatórios, teve de conviver com os pedidos de dispensa de jogadores brasileiros na NBA, como Nenê e Leandrinho, que alegaram "questões pessoais", e de Varejão, contundido.

Os mais experientes da equipe eram Marcelinho Macedo e Thiago Splitter, que compuseram o time brasileiro com novatos como Rafael Luz (19 anos), Augusto Lima (19) e Rafael Hettsheimer.

Com essa nova formação, o grupo cresceu durante a competição, conquistando méritos como a vitória sobre a Argentina por 73 a 71, quebrando outro jejum de 16 anos, o de vencer o principal rival. Ontem estragaram o sonho de a República Dominicana chegar, em 2012, à sua primeira Olimpíada.

O maior trunfo da equipe brasileira nesta Copa América, contudo, foi a mudança de postura da equipe, no "estilo Magnano", responsável por dar à Argentina, a medalha de ouro nos Jogos de Atenas-2004. O técnico adota um esquema que prima pela marcação na defesa e por fazer a bola rodar no ataque, algo bem diferente do jogo franco-atirador que caracterizava a seleção brasileira.

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