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Vídeo| Foto: TV Paranaense

O calvário que o atacante do Atlético Paranaense Dagoberto vive há cerca de seis meses poderia chegar ao fim na próxima quinta-feira (29), quando a multa rescisória do contrato do jogador cai de R$ 16.380.000 para R$ 5.460.000. Com isso, as chances do atleta, criado nas categorias de base do clube, deixar o Furacão aumentariam consideravelmente, e o seu destino mais certo seria o São Paulo.

Entretanto, tudo isso pode não passar de mera hipótese, uma vez que o Rubro-Negro paranaense já entrou na justiça pedindo a prorrogação do vínculo com Dagoberto por mais 98 dias, o que empurra o valor original da multa até o dia 6 de junho. Para piorar a situação, esse recurso do clube sequer tem data para ser julgado no Tribunal Regional do Trabalho de Curitiba, e o Tricolor paulista assegura que não irá entrar em confronto com o Atlético, esperando uma definição amigável.

Porém, a suposta cordialidade entre os clubes não é corroborada pelo advogado do Furacão, Marcos Malucelli. "Eles fizeram uma proposta, nós recusamos e não há negociação. Se o São Paulo tivesse oferecido os R$ 5,4 milhões, que será o valor da multa, nós já teríamos feito um acordo. Acontece que eles estão oferecendo menos da metade desse valor para contratar o Dagoberto. E isso não aceitamos", garantiu.

Do outro lado, o assessor da presidência do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, colocou a posição do Tricolor paulista. "O Dagoberto já está virando novela. Proposta no valor dessa nova multa rescisória nós já fizemos. Mas nossa intenção é entrar em um acordo com o Atlético e, por isso, estamos conversando periodicamente com eles", afirmou à imprensa paulista nesta semana.

Já o jogador, por enquanto, só assiste à indefinição. "Estamos acompanhando tudo de fora. Como a imprensa", disse o empresário do atacante, Naor Malaquias. Na defesa do seu cliente, negou temer que o impasse judicial comprometa o interesse de outros clubes – além do São Paulo, ele incluiu Internacional e Cruzeiro graças a manifestações antigas. Malaquias ainda cogitou outra possibilidade para o fim do impasse. "O Dagoberto pode arcar com a multa através de empréstimo, aval bancário e daí ele mesmo escolherá onde vai jogar", comentou o representante.

A tendência é que a novela ainda se arraste, na melhor das hipóteses, até maio. Isto porque o recurso impetrado sequer tem data para ser julgado. "Imagino que só no fim de abril chegue ao tribunal. Depois disso ainda terá de entrar na pauta", comentou Malucelli. Ainda de acordo com o advogado atleticano, caso o São Paulo pague o valor de R$ 5.460.000 na quinta, pode até conseguir o jogador em um primeiro momento, mas se a decisão judicial for favorável à prorrogação pedida pelo Atlético, os paulistas terão, incondicionalmente, de pagar o restante da rescisão de R$ 16.380.000.

O advogado também já promete pedir junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) uma punição ao São Paulo, que estaria aliciando o atleta explicitamente, e Dagoberto já teria, inclusive, acertado verbalmente a sua transferência para a equipe do Morumbi. A única coisa certa é que, até quinta, Dagoberto segue fora dos planos do técnico Vadão, treinando como reserva do time B.

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