• Carregando...

Lausanne, Suíça, e Rio (AE) – O Brasil não conseguiu obter nos tribunais a medalha de ouro para o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima e o país termina mesmo o Jogos Olímpicos de Atenas com cinco medalhas de ouro. A Corte Arbitral dos Esportes, com sede em Lausanne, publicou ontem o resultado do caso levado à corte pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sobre o incidente ocorrido contra o maratonista durante a Olimpíada.

O paranaense liderava a última e mais tradicional prova dos Jogos, a maratona, até ser agredido pelo ex-padre irlandês, Cornelius Horan, que invadiu a pista e derrubou Vanderlei no quilômetro 36. Quem salvou o brasileiro foi o grego Polivios Kossivas, que acompanhava a prova na calçada da rua onde passavam os competidores.

Vanderlei acabou com a medalha de bronze, mas recorreu. Em um primeiro momento, a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) recusou-se a avaliar o caso. O COB, porém levou a disputa à instância máxima do esporte e convocou advogados, especialistas e até mesmo testemunhas, como o grego Kossivas para defender o brasileiro em audiências em Lausanne.

Três árbitros foram escolhidos para dar um laudo final sobre o caso e, com quase um mês de atraso, publicaram o resultado da disputa. O Tribunal, porém, recusou o argumento brasileiro e manteve o resultado da maratona.

Em sua argumentação, o COB não pedia que o vencedor da prova, o italiano Stefano Baldini, ou o segundo colocado, o norte-americano Mebrahtom Keflezighi, perdessem suas medalhas. A idéia é de que tanto Baldini como Vanderlei terminassem com uma medalha de ouro cada.

Durante a audiência com os árbitros, o COB argumentou que, pelo ritmo que vinha na prova, Vanderlei poderia vencê-la. Os advogados da Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) insistiram que seria impossível saber quem seria o vencedor no 36 quilômetro da prova.

O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, lamentou a decisão da Corte. "Como entidade responsável pela delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de Atenas, era dever do Comitê Olímpico Brasileiro levar o questionamento à instância máxima do direito esportivo mundial. O COB fez sua parte, em respeito ao atleta, a seu técnico, à Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), à toda a delegação brasileira e ao esporte brasileiro", disse Nuzman.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]