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Vavá Ribeiro, ex-vice-presidente do Paraná, ensaia, ainda que timidamente, um retorno ao clube. Não mais em um cargo diretivo, por causa da pressão sofrida neste ano por causa da má campanha do time – o ex-dirigente passou a controlar sozinho o departamento de futebol após a eleição de Aurival Correia, no fim do ano passado.

Vavá pretende atuar nos bastidores. Ele estuda criar uma empresa particular, que representaria um pool de investidores, para atuar na aquisição de atletas. A organização agiria nos mesmos moldes do GI, grupo de investimento formado por dirigentes e conselheiros que ajuda na formação do elenco tricolor há mais de três anos – a holding paranista perdeu força com a saída de Vavá da direção de futebol, em agosto.

Ou seja, o novo fundo compraria jogadores desconhecidos e repassaria a diversos times, entre eles o Paraná. Em troca da vitrine, o clube ficaria com uma porcentagem dos direitos econômicos do boleiro. "A proposta é a seguinte: pegar o cara de qualidade antes de ele estourar no interior paulista. Descer um degrau. Mas, por ora, é tudo embrionário", explica Vavá, citando Borges, atacante do São Paulo com passagem pela Vila Capanema durante o Brasileiro de 2005, como exemplo: "Ele já chegou ao União São João (SP) valorizado. A idéia é chegarmos antes", acrescenta.

O ex-cartola dividiria o comando da garimpagem de talentos com o observador técnico Will Rodrigues, outro personagem com passagem pelo Tricolor. A dupla lideraria uma rede de olheiros espalhados pelo país. Entre os possíveis financiadores do grupo, destaque para a L.A. Sports, antiga parceira comercial paranista. "Ainda não há nada certo, mas é um trabalho que a gente gosta de fazer", diz Luiz Alberto Oliveira, responsável pela L.A. Sports, confirmando a sondagem do amigo.

O assunto é tratado com ressalvas no Durival Britto. Ninguém fala abertamente na volta de Vavá. "Isso não tem nada a ver", minimiza Correia. Porém, há fortes indícios de que o ex-diretor poderá mesmo ter um papel de relevância na montagem do Paraná-2009. "Hoje, com a experiência do Paulo Comelli, pretendemos fazer um novo time para o ano que vem em cima das suas indicações", complementa o presidente tricolor, que já ressaltou a necessidade de contar com parceiros para a reformulação da equipe, pensando no acesso à Primeira Divisão.

A afirmação vai ao encontro de um velho pensamento de Vavá: "Sempre reclamei que tinha de ter um treinador que ajudasse nas contratações. Se eu bato o pé, o Comelli já tinha vindo lá no início", diz ele.

Questionado pela reportagem sobre uma predileção em negociar com o Tricolor, o ex-dono da bola na Vila termina com uma frase emblemática: "O Paraná é o clube do meu coração."

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