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Cena comum na Vila Capanema em 2010: torcida protesta contra o técnico Marcelo Oliveira, cobrando melhor desempenho do Tricolor no Campeonato Paranaense | Pedro Serápio/ Gazeta do Povo
Cena comum na Vila Capanema em 2010: torcida protesta contra o técnico Marcelo Oliveira, cobrando melhor desempenho do Tricolor no Campeonato Paranaense| Foto: Pedro Serápio/ Gazeta do Povo

Pênaltis perdidos mudam o desenho do jogo

Apenas três minutos separaram os dois pênaltis marcados pelo árbitro Anderson Carlos Gonçal­­ves, no empate entre Paraná e Operário, ontem. Ambos os lances, que poderiam ter sido fundamentais para as duas equipes, foram decisivos para a igualdade no marcador. Primeiro, aos 27, o zagueiro Chicão empurrou o ex-paranista Clênio na área. O atacante, magoado pelas poucas chances no Tricolor, bateu no canto. O goleiro Juninho precisou se esticar para pegar.

Depois, foi a vez de Toscano ser derrubado por Leonardo. Ele mesmo cobrou e, assim como no clássico com o Atlético, desperdiçou. Desta vez, a perna do arqueiro Danilo salvou. "Tenho que ser sincero: escolhi bem o canto, mas foi por sorte que a bola não entrou", revelou o camisa 1 do Fantasma.

Pouco depois do artilheiro paranista não converter sua cobrança, Márcio Diogo começou a jogada do gol. Toscano bateu em cima de Danilo e a sobra ficou com Pará, que, de longe, balançou a rede.

O segundo tempo, no entanto, foi dos visitantes. Após uma bobeira da zaga, aos seis, Clênio apareceu livre na frente de Juninho e empatou.

O Alvinegro se mostrou superior e, apostando em rápidos contragolpes, teve pelo menos mais três boas oportunidades para virar, com Clênio, Digão e Marcelinho. A frase do lateral-direito Jefferson, ao fim do duelo, resume mais um tropeço dos paranistas em casa. "Não tem o que falar. É jogar mais e falar menos", reclamou, ao tentar escapar das vaias que tomaram conta do estádio.

Paraná 1 X Operário 1

Mais uma vez a falta de pontaria foi crucial para o Paraná. Com várias oportunidades desperdiçadas, especialmente no primeiro tempo, e – novamente – com Mar­­celo Toscano perdendo um pênalti, o Tricolor só empatou com o Operário Ferroviário, ontem, na Vila Capanema (1 a 1). Sob muitas vaias, os paranistas saíram de campo carregando nas costas o quinto jogo sem vitória no Estadual – o terceiro em casa –, além de uma dose a mais de pressão para enfrentar o líder Coritiba, longe da torcida, no próximo domingo.

Ao todo, contando com o confronto com o Cerâmica, pela Copa do Brasil, a série sem vencer au­­mentou para seis partidas. Em to­­dos os duelos, um ponto em co­­mum com o que foi demonstrado diante do Fantasma: constantes erros de finalização e pouca criação.

Para o Tricolor, além de voltar a vencer, o confronto com o Al­­vi­­ne­­gro teria uma importância extra. Antes do jogo as duas equipes estavam empatadas com nove pontos, quem vencesse daria um grande salto na tabela e deixaria o rival estagnado.

No entanto, quem lucrou com o empate foi a equipe do técnico Nor­­berto Lemos. No ano passado, quan­­do dirigia o Rio Branco, ele já havia batido o Paraná no Durival Britto. Desta vez, ao empatar, adiou a recuperação paranista. De novo, o discurso não virou realidade.

O gol de Pará (39/1º) deu a falsa impressão de que a vitória viria. No segundo tempo, porém, quem di­­tou o ritmo do jogo foram os visitantes. Aos seis, o atacante Clênio, que há poucos dias entrou em acordo para deixar a Vila Capanema, balançou a rede de Juninho. Antes, o próprio avante também havia cobrado uma penalidade nas mãos do arqueiro paranista. Mas, do gol em diante, foi o Fantasma quem assustou.

"Foi um primeiro tempo de um jeito e uma segunda etapa total­­men­te diferente. Faltou controle emocional e personalidade", disse o técnico Marcelo Oliveira, ao sair de campo ao som de vaias e de xingamentos. Mesmo com a cobrança por resultados au­­mentando exponencialmente a cada tropeço, ele garante que permanece com seu trabalho. A direto­­ria, em princípio, segue a mesma linha.

O comandante do time pontagrossense, Norberto Lemos, por outro lado, não escondia a felicidade pelo resultado de igualdade. De­­pois de uma bronca no intervalo, sua equipe passou a encurralar o Trico­­lor. "No segundo tempo tocamos a bola, começamos a jogar futebol", explicou. "Entramos no rit­­mo, mais ligados. Infelizmente não conseguimos virar, mas o em­­pate fora de casa ainda é um bom re­­sultado", emendou o ala-direito Li­­sa, sobre a atuação alvinegra, enquanto era saudado pela pequena torcida visitante. Coisa que do outro lado não aconteceu. Pelo contrário.

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Veja a ficha técnica do jogo Paraná X Operário

Em Curitiba

Paraná

Juninho; Chicão (Wellington Silva), Diego Correia e Luís Henrique; Murilo, Edimar, João Paulo, Vinícius (Luiz Camargo) e Pará; Márcio Diogo (Jefferson) e Marcelo Toscano.

Técnico: Marcelo Oliveira.

Operário

Danilo; Leonardo, Flamarion e João Renato; Lisa, Serginho Paulista, Serginho Catarinense, Marcelinho (Ítalo) e Digão; Dyego Souza e Clênio (Davi Ceará).

Técnico: Norberto Lemos.

Estádio: Vila Capanema. Árbitro: Anderson Carlos Gonçalves. Gols: Pará (P), aos 39/1º e Clênio (O), aos 5/2º. Amarelos: Chicão e Luiz Camargo (P); Davi Ceará, Flamarion, Leonardo e João Renato (O). Público pagante: 1.457 (1.957 total). Renda: R$ 23.150.

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