Vento pode atrapalhar natação nos Jogos Pan-Americanos

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O moderno Parque Aquático do Pan do Rio, que está sendo construído na Cidade dos Esportes, no Autódromo, está agradando aos nadadores brasileiros. Mas, apesar de contar com tecnologias que evitam a formação de marolas nas piscinas, o forte vento que costuma aparecer na Zona Oeste do Rio preocupa.

A área de construção do novo Parque Aquático, de 42 mil metros quadrados, é cercada apenas por um muro, mas sem cobertura. Apesar de muitas disputas internacionais acontecerem em piscinas descobertas, quem já esteve no Maria Lenk se espantou com o forte vento que circula no local durante do dia.

As provas de 50m seriam as mais prejudicadas, pois os nadadores podem ter que realizar todo o percurso com vento contra, por exemplo. Neste caso, a água fica mais pesada e pode, inclusive, prejudicar a quebra de recordes.

- Se o vento estiver a favor, é até bom. Mas, se tiver contra, fica bem mais pesado. Em uma prova de centésimos, como a de 50m, pode fazer muita diferença. Aí, a solução seria trocar a cabeceira. Nas provas mais longas, nem tem tanto problema porque eles acabam pegando vento contra e também vento a favor – diz a nadadora Rebeca Gusmão, classificada para o Pan nas provas de 50m e 100m livres.

O maior medalhista pan-americano brasileiro, Gustavo Borges, ressalta que o importante é que a condição será igual para todos os nadadores.

- Quando a gente compete em piscinas descobertas, ficamos mais sujeitos às variáveis do tempo. É claro que o vento interfere bastante. Mas, se isso acontecer, vai ventar para todo mundo.

CO-Rio despreocupado

O ex-nadador Ricardo Prado, que ocupa o cargo de gerente de Políticas e Operações Esportivas no CO-Rio, explica que o as piscinas do Parque Aquático estão preparadas para evitar maiores problemas. - O vento pode provocar marolas, mas teremos nos Jogos raias de última geração para anular qualquer tipo de efeito negativo do vento.

O CO-Rio afirma, através de sua assessoria de imprensa, não estar preocupado com esta questão.

- Não existe preocupação específica do CO-Rio com o vento no Parque Aquático Maria Lenk. É natural que, por ser uma instalação ao ar livre, o Parque Aquático esteja sujeito às mudanças climáticas.