Uma oposição começa a se armar na Câmara dos Vereadores contra a utilização do potencial construtivo como moeda de troca para a finalização e reformulação da Arena da Baixada para a Copa 2014. Ontem, na casa municipal, o tema foi debatido com a sociedade civil organizada, que também se mostrou contra.
Embora no encontro tenha participado uma quantia ainda pequena de vereadores 5 em um universo de 38 a oposição garante que brigará até o fim para impedir a cessão dos títulos.
"O potencial construtivo hoje gera cerca de R$ 5 milhões por ano. Esse dinheiro é usado no patrimônio histórico, preservação de áreas ambientais e para investimento em áreas de interesse social", afirma o vereador Johnny Stica, do PT. Ele faz uma conta simples. "Se irão dar R$ 90 milhões ao Atlético com potencial construtivo, significa que por 18 anos ele simplesmente deixará de existir."
Pela solução encontrada por prefeitura de Curitiba e governo estadual, a Arena será concluída por uma construtora que pegará cerca de R$ 90 milhões emprestado do Fundo de Desenvolvimento Econômico do Paraná. Como garantia de pagamento, a empresa dará títulos de potencial construtivo que deverão ser cedidos pelo poder municipal ao Rubro-Negro que, por sua vez, os repassará à construtora encarregada das obras.
A cessão, contudo, tem de ser aprovada pela Câmara Municipal. De acordo com vereadores que se opõem à prática, na semana passada teria havido uma enquete informal sobre o tema e o plenário teria ficado dividido.
O projeto de lei para a cessão do potencial construtivo deverá ser enviado à Câmara daqui a duas semanas.
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