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"Você é que precisa se adequar ao time." A filosofia comanda a carreira do lateral-direito Nei. Ou seria melhor esquerdo, por ser essa a função que lhe garante a titularidade no Atlético. Ou então zagueiro, como jogará domingo contra o Goiás. E que tal goleiro? Posição preferida na infância e ocupada em emergências tanto na Ponte Preta como no Furacão.

Uma versatilidade e tanto. "Já joguei em todas as posições, não há nenhuma que eu ainda não tenha jogado", assegura o polivalente. Coringa de apenas 21 anos, Nei aceita qualquer improviso. "Se o treinador pedir, eu jogo."

Goleiro nas escolinhas de futebol da infância, a pouca altura o fez abdicar da meta após ser reprovado num teste no São Paulo. Era a senha para o início da rotatividade. Foi meia no infantil do Palmeiras. Meia e atacante no Bragantino. Lateral-direito e volante na Ponte Preta. Levou a experiência ao Corinthians e reforçou o currículo com participações na lateral-direita. Nei completou o tour no campo na Ponte Preta. "Lá joguei de tudo, de goleiro a atacante em amistosos", revela.

Domingo, pelo Atlético, seu papel será o de zagueiro, na reedição do 3–5–2. "Graças a Deus tive um bom desempenho nesta posição. Joguei umas três ou quatro vezes com o Marco Aurélio na Ponte Preta e fui bem. Acho que a minha velocidade facilita para jogar ali", analisou Nei, sobre o empate por 1 a 1 contra o Atlético-MG, na última rodada.

A nova exigência na zaga veio logo quando ele havia se habituado a outro improviso. Contratado como lateral-direito, o jogador precisou atuar na esquerda para suprir a carência do Atlético na posição.

"Já me acostumei a jogar na esquerda. Para mim é tranqüilo. Mas nunca posso me acomodar em nenhuma posição", justifica.

Assim, no lado oposto, ele foi ganhando espaço. Mas o desafio estava de novo à sua espera. Quando ganhou a sua melhor oportunidade na direita, não conseguiu acabar a partida na posição.

No primeiro jogo da semifinal paranaense contra o Paraná, na Vila Capanema, o goleiro Cléber foi expulso nos minutos finais e o técnico Oswaldo Alvarez já havia realizado as três substituições. Sem demonstrar nenhum desconforto, Nei vestiu as luvas, a camisa – de numeração bem maior à sua – e foi para meta.

"No gol, sempre gostei de jogar. Na verdade, quero estar jogando, não importa onde", confessa.

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