Pilotos brasileiros protagonizam apenas desfile dentro de casa
Folhapress
Bandeiras do Brasil em punho. Rubens Barrichello, Felipe Massa, Lucas di Grassi e Bruno Senna desfilaram em caminhão aberto por Interlagos antes da largada. Foi o melhor momento brasileiro na corrida. Desde 2001, com Tarso Marques, Luciano Burti, Enrique Bernoldi e Barrichello, não se via quatro pilotos do país no grid. Mas o resultado caseiro do ano só não foi pior do que o de 2002, quando nenhum completou a prova. Ontem, a melhor posição foi a 14.ª, de Barrichello, que teve o nome gritado nas arquibancadas. Felipe Massa (15.º) teve a corrida prejudicada por erro da equipe, que não prendeu direito o pneu direito dianteiro de sua Ferrari no pit stop.
As chances
Apenas quatro pilotos ainda têm chances de ficar com o título. Veja o que cada um precisa em Abu Dabi para ser campeão:
Fernando Alonso
- Ganhar ou chegar em segundo em Abu Dabi.
- Se chegar em terceiro, quarto ou quinto, Webber não pode vencer.
Mark Webber
- Vencer a última etapa e torcer para que Alonso chegue, no máximo, em terceiro.
- Se for segundo em Abu D abi, Alonso pode ser no máximo sexto.
Sebastian Vettel
- Ganhar nos Emirados e ver Alonso chegando, na melhor das hipóteses, em quinto lugar.
Lewis Hamilton
- Vencer a última etapa, Alonso não pontuar, Webber ser no máximo sexto e Vettel chegar até o terceiro lugar.
Sebastian Vettel não está exatamente em situação confortável no Mundial de Fórmula 1. Com 15 pontos de desvantagem para Fernando Alonso, precisa de combinação de resultados complicada em Abu Dabi para ser campeão. Mas, quem visse o seu sorriso, ontem, após a vitória do GP do Brasil, e não tivesse bem informado, concluiria que o alemão acabara de conquistar o título. O piloto da Red Bull estava empolgado com o seu "dia incrível".De fato, Vettel dominou com extrema facilidade a corrida em Interlagos que assegurou o título antecipado da Red Bull no Mundial de Construtores. Na largada, o alemão ultrapassou o compatriota Nico Hulkenberg e depois, de certa forma, fez o que quis nas 71 voltas da corrida. Jamais permitiu que seu companheiro de equipe, Mark Webber, ameaçasse sua vitória.
"Larguei bem, o Nico patinou e o ultrapassei no único espaço possível. O carro estava fantástico e controlei a corrida", resumiu o alemão. "Até quando o safety car entrou na pista [na volta 50, por causa da batida de Vitantonio Liuzzi] fiquei tranquilo, pois sabia que depois iria abrir novamente boa diferença."
A vitória, a quarta na temporada (igualou-se ao australiano), também serviu, para Vettel, como espécie de resposta aos que defendiam que a equipe passasse a privilegiar Webber na disputa pelo título com Alonso. "A vitória foi importante porque mostrou que a equipe não perdeu a motivação depois do que me aconteceu na Coreia do Sul (abandonou por quebra de motor quando liderava).Chegamos aqui, dominamos o treino de sexta-feira e hoje [ontem] fizemos dobradinha."
Bem-humorado, Sebastian Vettel disse o que espera do próximo domingo: "Vou correr para vencer e depois ver em que posição o Alonso termina. Se eu estivesse a 26 pontos do Fernando, diria que é impossível", afirmou, sorrindo. "Como não estou, tenho chances. Mas não me importaria de ver uma fumacinha sair de sua Ferrari."
Sobre a possibilidade de a Red Bull aderir ao jogo de equipe na última corrida da temporada, o que poderia levá-lo a ter de favorecer o australiano, Vettel preferiu o mistério. "É óbvio que é algo em que pensaria. Mas está claro que temos um carro forte e vou tentar fazer o melhor para depois ver o que acontece."
Enquanto Vettel distribuía sorrisos, Webber, 2.º colocado no campeonato com 238 pontos, demonstrava irritação. Isso porque, se tivesse vencido em Interlagos, ficaria a apenas um ponto de Alonso. Mas como não teve jogo de equipe...
"Poderia estar em uma situação melhor (no campeonato), mas como a Red Bull optou por ser neutra... Mas vamos lutar, as ordens de equipe ajudam, mas respeito a filosofia do time."
Alonso agradece "apoio" rival
Quinta-feira. Fernando Alonso ironizou a Red Bull ao dizer que esperava que o time austríaco seguisse com sua atual administração, sem ordens de equipe. E foi atendido, ontem, no GP do Brasil. Christian Horner, diretor do time, não ordenou que Sebastian Vettel, o vencedor, deixasse Mark Webber ultrapassá-lo para se aproximar ainda mais de Alonso na classificação do campeonato.O espanhol da Ferrari respondeu se está confiante quanto à possibilidade de ser campeão, domingo, na etapa final do calendário, em Abu Dabi: "100%. Eu preciso apenas de um segundo lugar, independentemente do que esses rapazes [Vettel e Webber] fizerem."
Para Alonso a corrida em Interlagos atendeu a suas expectativas. "Em termos de pontos estou extremamente feliz." Antes do GP do Brasil sua vantagem era de 11 pontos e agora, de 8. Segundo ele, Vettel e Webber não teriam a facilidade da prova se ele não tivesse perdido tanto tempo para ultrapassar Nico Hulkenberg, da Williams, na sétima volta, e Lewis Hamilton, McLaren, na segunda.
-
“Dobradinha” de governo e STF por imposto na folha prejudica empresas e amplia insegurança
-
Lula, Haddad e STF humilham Rodrigo Pacheco; acompanhe o Sem Rodeios
-
Columbia fecha campus após manifestantes contra Israel invadirem prédio
-
Após dois adiamentos, TSE julga ação que pode cassar o mandato do senador Jorge Seif
Deixe sua opinião